Todos, um dia, paramos para
pensar no motivo de termos a família que temos. Por que esse pai, essa mãe,
esses irmãos, enfim, por que nascemos onde nascemos? Talvez não seja o seu caso,
mas muitas famílias são conflituosas e têm relações difíceis, brigas,
desentendimentos, desrespeitos, ciúmes, causando traumas e mágoas uns aos
outros e imensa revolta. Haverá um motivo?


É necessária a ressonância
energética/espiritual entre pai e mãe para proporcionar a abertura do portal
que permitirá ao Ser encarnar, mesmo na gravidez decorrente de estupro. Entre familiares
se estabelecem, muitas vezes, relacionamentos ressonantes complexos chamados de
grupos anímicos, almas que se tornam companheiras evolucionais. Encarnação após
encarnação elas vão se revezando nos diferentes papéis de pai, mãe, filho,
irmão e outros que formam a família física, resgatando e trabalhando os
vínculos cármicos.
Por cerca de nove meses um
corpo é construído para você, nos mínimos detalhes. Dentro do ventre de sua
mãe, célula a célula, órgão a órgão, com as particularidades físicas, genéticas
e emocionais dos seus ascendentes. Suas características físicas, traços do
rosto, cor de pele, cabelos, defeitos e doenças congênitas, goste ou não goste,
foram escolhas suas e fazem parte do seu carma.
Entre pessoas que se relacionam
são formados laços energéticos invisíveis a ligar os corpos sutis. Na
fabricação do corpo físico o feto se une fisicamente pelo cordão umbilical ao
corpo materno, uma materialização do forte cordão etérico que une e sempre
unirá mãe e filho. O cordão físico, uma passagem de mão única, para nutrientes
que alimentam e ajudam a formação do corpo. Um dia esse bebê vem ao mundo,
respira pela primeira vez e esse cordão é cortado, mas fica o energético. E o
alimento emocional, de mão dupla, flui através do mesmo. Muitas mães e filhos
costumam sentir quando um ou outro está em momento triste ou feliz. Este laço,
assim como o que se forma com outros membros da família, pode já existir de
outras vidas, e vai se fortalecendo com o tempo e a qualidade da relação.

Muitos nascem para ajudar
familiares a mudar sua concepção de mundo e de vida ou para serem tratados,
protegidos e amparados por estes. Neste contexto, são mestres com específicas e
fortes lições. É o caso de crianças que nascem com, ou passam a ter,
necessidades especiais. Trazem muito aprendizado de amor, paciência, aceitação,
desapego e compaixão, para pais, irmãos, avós e outros.
Hoje, colhemos o resultado do
que escolhemos ontem e plantamos o que colheremos amanhã. E a vida vai num
eterno escolher, colher, escolher, colher... Na relação familiar aparece um
outro verbo que é o "acolher". Será que precisamos acolher nossos
parentes do jeito que são? Estarão espelhando a nossa sombra? Todo relacionamento
espelha, né? Amar pessoas perfeitas é fácil. Mas, é com as difíceis que mais
exercemos nosso lado divino e trabalhamos nossos defeitos, o que trazemos
escondido e engavetado nos porões de nossa alma.
Honre pai e mãe, agradeça e
cultue a família, mas faça a sua vida! Nunca permita que os laços familiares se
enrolem no pescoço e o sufoquem! Sobretudo, aceite, trabalhe e procure resgatar
o seu carma, senão vai repetir a lição, em outra encarnação.
Um beijo de luz em seu coração.
por Ivan Maia Fernandes -
esoteraph@ig.com.br
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