Síndrome da mão estranha ou mão alheia
A síndrome
da mão alheia, também chamada de a síndrome da mão estranha, ou
ainda síndrome do Dr. Strangelove, é definida como um distúrbio neurológico no
qual a mão da pessoa afetada parece possuir vida própria.
Esta
desordem é mais observada em indivíduos que foram submetidos à cirurgia de separação dos hemisférios cerebrais ou ressecção
de parte dos mesmos, procedimentos realizados objetivando minimizar os sintomas
em casos extremos de epilepsia. Além disso, esta
condição também pode resultar de um acidente
vascular cerebral, outros procedimentos cirúrgicos cerebrais ou
infecções.
Indivíduos
com esta síndrome podem conservar a sensibilidade normal no membro afetado, mas
embora o paciente saiba que o membro ainda faça parte do seu corpo, o mesmo se
comporta de forma completamente diferente do comportamento normal do indivíduo
acometido, com o indivíduo sentido que não possui controle sobre o membro. Em
outras palavras, a mão atingida realiza movimentos de forma autônoma, sem o conhecimento do paciente.
Existem
subtipos distintos da síndrome da mão alheia que aparentemente está relacionada
com a área afetada, que pode ser o corpo caloso, os lobos frontal, parietal e
occipital.
Acredita-se
que esta síndrome resulte de uma luta de poder dentro da cabeça. O hemisfério
esquerdo é o responsável por controlar os membros direitos, além de ser o local
onde normalmente situa-se a habilidade linguística. Já o hemisfério direito é o responsável por controlar os membros
esquerdos, bem como a localização espacial e reconhecimento de padrões.
Comumente,
o hemisfério esquerdo é o dominante, dando a palavra final nos atos
desempenhados pelos seres humanos. Ou seja, foi observado que cada um dos
hemisférios possui consciência separada e, consequentemente, vontade própria.
Embora
não exista cura para esta condição, algumas medidas podem auxiliar no alívio
dos sintomas, como, por exemplo, fornecer algum objeto para a mão alheia
segurar, ocupando-a. Além disso, alguns fármacos podem auxiliar na retomada do
controle do cérebro.
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