domingo, 27 de outubro de 2013

Dando e Recebendo


 


Por mais que nos consideremos inaptos, há sempre o que podemos dar à Vida, aos nossos companheiros de jornada. Há algo especial que cada um nós sabe, que é diferente, único... É o nosso dom, o resultado de todo o aprendizado de vidas passadas, filtrado por nosso íntimo - que tem características que não podem ser integralmente copiadas. Estamos encarnados neste momento, neste país, nesta cidade, nesta família, neste grupo social, não por acaso e haveremos de deixar uma marca, mais ou menos positiva, por onde passarmos.

É importante que a gente reflita sobre isto. Mesmo quando achamos que não estamos nos doando, algo estamos dando, mesmo que seja apenas irritação, falta de compreensão. Sempre influenciamos as pessoas, coisas, animais e plantas dos ambientes por onde transitamos, queiramos ou não, pois somos energia irradiante e tudo em torno de nós também o é. Esta troca, que pode ser ignorada, é uma verdade constante e não pode ser evitada.

A responsabilidade pela melhoria do mundo é, acima de tudo, de cada um de nós. Quando acendemos uma pequena luz, com nossos pensamentos, atitudes, sentimentos, ou quando contribuímos para intensificar o desequilíbrio, aumentando a escuridão que nos cerca.

Nossas energias são imanentes e incontroláveis, na medida em que elas são nós. Onde estamos, somos! Pela afinidade, nos reunimos com pessoas, pela falta dela, nos separamos de outras. Isto é sério e precisa ser observado atentamente por cada um, pois, muitas vezes as máscaras que socialmente todos usamos nos levam a imaginar que alguém é aquele que não é, mas apenas finge ser. Se ao invés de quiser explicar tudo com a mente, nos permitirmos sentir, iremos identificando os nossos amigos verdadeiros, sem sombra de dúvidas... Poderemos ir-nos agrupando por afinidade, mesmo que estejamos muito longe uns dos outros. Como certamente estamos fazendo no STUM. Uma comunidade que cresce a cada dia, de pessoas que buscam se conhecer melhor e ser mais felizes, contribuindo para a felicidade do outro.

Sendo mais responsáveis e amorosos, atraímos para nós circunstâncias sempre mais harmoniosas, a contrapartida do que aprendemos a dar. A lei do retorno é infalível. Tornando alguém mais feliz, eu fico também. Tirando a paz do outro, perco em primeiro lugar, a minha. Tornando o outro doente, com minhas atitudes, adoeço também e assim por diante.

A justiça dos homens pode falhar como temos conhecimento que acontece, mas a natural lei divina da Ação e Reação, jamais será burlada por ninguém.
Para sermos amados, precisamos aprender a amar. Para sermos respeitados, é necessário que respeitemos a todos. Para sermos realmente felizes, cuidemos de nos doar, dentro de nossas possibilidades. Não apenas dando coisas que nos sobram, mas se dando. Colocando o que somos a serviço do Amor que nos rege, sem medo de sermos julgados, criticados, mal interpretados. Precisamos fazer brilhar a nossa luz, não importa a intensidade dela, pois a escuridão nos ameaça, neste momento planetário - e já sabemos que ela só se instala onde falta o Amor. Amemos a Vida, a nós mesmos, ao outro, aquelas coisas materiais que nos auxiliam no dia-a-dia, os nossos animais de estimação, os nossos amigos, conhecidos, o ser humano. A luz atrai! Mesmo que seja por mera curiosidade, todo mundo quer se aproximar de um local iluminado, para examinar o que se passa ali. Acendamos a nossa vida! Com a certeza de que estaremos nos autoprotegendo de dentro pra fora, organicamente, naturalmente... Sem erro, sem medo.

Vencendo as trevas que existem em nosso próprio íntimo, espalharemos por onde transitarmos, a luz de nosso Sol interior e de volta receberemos, também, mais luz, sempre mais luz...
E, assim, já pode caminhar a humanidade que habita o planeta Terra neste novo milênio.

Muito cuidado com as crianças, pois elas precisam ser acolhidas, amadas, disciplinadas e escutadas. Vêm se doar e aprender também. É uma mão dupla de dar e receber, numa sinfonia maravilhosa e amorosa à qual precisamos nos afinar cada dia mais. 

Texto revisado por: Maria Cristina



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