Na civilização ocidental é pouco conhecida a
importância dos alimentos. De modo geral, a função mais importante de um ser
vivo, que é a de se alimentar diariamente, não é encarada com seriedade pelo ser
humano, resultando em inúmeras doenças que quando inadequadamente tratadas
recebem o rótulo de incuráveis ou de difícil cura.
Ultimamente os centros de pesquisa científicas em
diversas partes do mundo vêm dedicando atenção especial aos alimentos e sua ação
sobre o organismo humano. A importância de uma dieta saudável tem despertado o
interesse em todo o mundo. Cada vez mais estudos têm sido publicados valorizando
o uso dos alimentos naturais na conquista e manutenção de uma boa saúde. Por
outro lado, essas publicações denunciam a ação deletéria para a saúde dos
alimentos popularmente arraigados, tradicionalmente ingeridos por adultos e
crianças.
Necessário torna-se, empreender uma campanha ampla que
divulgue o valor de uma dieta saudável rica em alimentos integrais, sem aditivos
e que não tenham sido refinados. Na verdade, bom seria um retorno ao estágio do
uso dos cereais integrais quando a industrialização ainda não causava malefícios
alimentares. A produção de alimentos integrais era natural, isenta de produtos
químicos que alterassem o valor nutritivo e contribuíssem para o surgimento de
qualquer doença decorrente de intolerância orgânica aos seus nutrientes
naturais.
ALIMENTOS SAUDÁVEIS
Para que o leitor deste artigo tenha uma noção mais
direta e possa, de acordo com o grau de interesse por uma boa saúde, optar por
uma alimentação mais saudável aqui estão alguns alimentos integrais produzidos
pela sabedoria da natureza sem que tenham sofrido alteração
humana:
a – cereais integrais, frutos secos (amendoim, castanha
do Pará, amêndoas, nozes, castanha de caju, etc.) e sementes (de abóbora,
gergelim e etc.);
b – frutas (banana, manga, pêra, uva, maçã, mamão,
abacate, melancia, pêssego, melão, caju, laranja e etc.);
c – verduras e legumes frescos (alface, agrião, coentro
ou cheiro verde, brócolis, couve, couve-flor, tomate, beterraba, abóbora,
cenoura, nabo, aipim ou macaxeira, pimentão, rúcula e etc.);
d – carnes de aves, bovinos e caprinos, originárias de
animais que tenham sido criados e alimentados em ambiente livre o mais
naturalmente possível, o mesmo deve ser entendido quanto à origem dos
laticínios;
e – os peixes, de preferência, que não tenham sido
cultivados em cativeiro são excelentes para a recuperação e manutenção da boa
saúde e os frutos do mar criados sob as condições somente ditadas pela natureza
são igualmente alimentos ideais.
Esta é uma “tintura” do ideal alimentar que pode ser
extraordinariamente ampliada e que, de certa forma, pode orientar os leitores
mais sensíveis que manifestam desejo de corrigir o erro alimentar em que vêm
incorrendo há anos e anseiam por adotar orientações alimentares mais
saudáveis.
O PROGRESSO QUE DEGRAD0U O HOMEM
A era da “Segunda Onda de Desenvolvimento”, também
conhecida como da “Revolução Industrial”, ora em franco processo da finalização,
impôs um alto custo à humanidade em nome do progresso e do advento da
tecnologia.
Viu-se, ao esplendor de mais de 200 anos desse
“progresso”, a passagem do ser humano e seus valores para um plano inferior em
importância, podendo até ser dispensado como habitante do planeta. Este foi o
resultado do entender distorcido do duradouro quase 300 anos que o ser humano
poderia ser desnecessário. As criações tecnológicas poderiam substituí-lo em
qualquer atividade, até nas de maiores perigos e ter, sem atrapalhar (erros,
doenças e direitos humanos), o máximo da eficiência e produção, bastando apenas
ao retorno da produtividade máxima, em caso de defeito, a substituição de peças
do robô ou do maquinário inteiro.
Os alimentos, como não podia deixar de acontecer,
sofreram a ação desta “Segunda Onda” e foram industrialmente deteriorados. Hoje,
o que se vê, doenças decorrentes do maciço processo aplicado em nome da
lucratividade financeira na indústria alimentícia e a humanidade sofrendo de uma
degradação geral orgânica, mental e moral, desconhecida das gerações de séculos
passados, pré-industriais. A humanidade está envenenada por substâncias tóxicas
das mais diversas, acrescentadas aos alimentos em nome de maior rentabilidade
econômica e competitividade entre as nações.
Agrotóxicos, antibióticos, corantes, acidulantes,
hormônios, conservantes, gorduras trans, adoçantes, energéticos, refrigerantes,
sal e açúcar refinados, beneficiamento de cereais e inúmeros outros processos
aplicados aos alimentos têm contribuído e aumentado a degradação do ser humano,
substituindo vida saudável por doentia, miserável, sem objetivos, profusa em
sofrimento.
ALIMENTOS QUE PODEM CAUSAR DOENÇAS, TUMORES E
DEFORMIDADES
As carnes de animais, aves e gados, criados em
cativeiro em muitos casos podem ser responsabilizadas como causadoras de
doenças. Estes animais recebem uma infinidade de drogas e rações artificiais
para que não sejam atacados por germes causadores de doenças e parasitos e, para
que tenham desenvolvimento mais rápido. Recebem também dietilestilbestrol
(hormônio sintético não-esteroide aplicado no tratamento da menopausa e
distúrbios pós-menopausais) que é causador de tumores, inclusive malignos. Na
carne vermelha é aplicado o sulfito de sódio que acentua esta cor e o nitrato de
potássio ou salitre para que a conservação dure um maior prazo.
O uso diário de açúcar refinado tem sido
responsabilizado pela queda da resistência orgânica. Este tipo de açúcar rouba o
magnésio do corpo e expõe o seu usuário à ação dos microrganismos causadores de
doença. Também é atribuído ao veneno branco a perda de vitaminas do complexo B e
ação desmineralizante por sequestro de cálcio do organismo. Portanto, diabetes,
osteoporose, cáries dentárias, depressão, melancolia, ansiedade,
arteriosclerose, alterações visuais, hipertensão arterial, enfarte cardíaco,
podem ter como causa o açúcar refinado.
O “pão nosso de cada dia” não escapa do rol de
nocividades porque é preparado, não com cereais integrais (trigo e centeio), mas
com cereais destituídos dos seus princípios nutritivos.
Sal refinado ou de cozinha é outro veneno branco.
Durante o seu refino são extraídos aproximadamente 80 elementos importantes. Há
durante a sua transformação para produto industrializado a adição de substâncias
químicas desidratantes e estabilizantes nocivas à saúde. No final, o sal passa a
ser vilão do funcionamento normal dos rins, coração e circulação sangüínea,
causando síndrome pré-menstrual, cálculos renais e biliares, desequilíbrios
hormonais e nódulos tireoidianos.
Salsicha, linguiça, mortadela, presunto, patês e
demais; os chamados frios em geral ou carnes embutidas, são ricos em produtos
químicos diversos e conservantes, antibióticos e aditivos. Igualmente nocivos
são os frangos de granja, peru temperado, pato, chester e etc.
Os farináceos brancos, “beneficiados”, são parte das
causas da obesidade. Descorticados, sem a película rica em vitaminas, e sem o
germe nutritivo, perderam as vitaminas do complexo B e o ácido glutâmico. Este
ácido favorece o desenvolvimento cerebral, indispensável ao metabolismo das
células nervosas. O ácido glutâmico é responsável pela rapidez do raciocínio e
retenção de informações, atuando para o alto desenvolvimento do QI (Quociente de
Inteligência).
Autor:Dr. Edvaldo Tavares
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