UMA HISTÓRIA FAMILIAR
Provavelmente você já passou ou está passando por
uma situação da sua vida em que se sente sobrecarregado, dia após dia as coisas
vão-se acumulando (as que tem para fazer e o sentimento de responsabilidade
daquelas que deixou por fazer), chegando a um ponto em que vê-se forçado a
abrandar. Deixa de fazer algumas das tarefas habituais, adia um prazo de entrega
de algo, falta a alguns compromissos. Vai-se instalando um sentimento de
decepção, pode até chegar a desenvolver sentimento de culpa. O stress faz-se sentir e o desânimo
aumenta. No entanto, você levanta-se de manhã com a intenção de fazer nesse dia
o que deixou por fazer no dia anterior, mas verificando a dura realidade que não
conseguiu cumprir com as expetativas.
Você
começa a cair num ciclo vicioso de acumulação de trabalho, tendo a percepção de
que necessita dar um empurrão nos seus compromissos e obrigações. A sensação de
incapacidade, de aperto e desespero vai aumentando, prejudicando e diminuindo a
sua autoestima. Em consequência do sentimento de alarme que foi acionado ao
seu ego, o impulso é grande para a construção de justificações e desculpas sobre
o problema instalado. No entanto, para aquele que tem um sentimento de falha, um
sentimento de culpa e de incapacidade, outros sentimentos
vão-se instalando, crescendo e minando a confiança em si mesmo. A probabilidade
de cair no ciclo da procrastinação é grande, e este vício é um ótimo combustível
para queimar a sua autoestima. Você criou um estado mental propício à
autocrítica, auto avaliações negativas e descrença nas suas capacidades,
aptidões e habilidades. Criou um estado mental autodepreciativo, que é um misto
de lamuria, descrença e autoimagem negativa.
Outras
histórias exemplificavas poderiam ser abordadas, histórias de traumas, de
abusos, de precariedade de vida, de humilhação, de stress psicológico, depressão, problemas agudos de ansiedade. Os casos e situações serão certamente muito
diversificados dependendo da pessoa. De qualquer forma, independentemente das
circunstâncias, os processos desencadeados e as incapacidades geradas são muitos
semelhantes.
Vamos olhar com atenção:
Autoestima = O quanto gostamos de nós
mesmos
O quanto gostamos de nós mesmos = Nível de
autodomínio
O que é
o domínio de si mesmo? É a habilidade que temos para nos conduzirmos a realmente
fazer, o que queremos fazer, por outras palavras, tem a ver com a nossa autoconfiança e autodisciplina. Uma pessoa que tem domínio sobre si mesmo,
tem auto integridade e capacidade para manter-se fiel às suas palavras e
compromissos. Cada vez que deixamos de ouvir a nossa voz interior, e não agimos
de acordo com algo que nós precisamos, ficamos susceptíveis a perdermos a
confiança em nós mesmos e nas nossas habilidades. Esta falta de auto fé, vai
aumentando numa espiral descendente à medida que queremos realizar mais
compromissos e objetivos.
Descrições de uma baixa-auto-estima:
- Você pensa excessivamente sobre si mesmo, e analisa porque razão você é do jeito que é.
- Você tem medo da adversidade, o que lhe provoca uma enorme angustia. Você pode ser alienado em relação e em oposição aos seus pais, cuidadores e figuras de autoridade em geral.
- Você não sorri facilmente. Você pode ter uma visão negativa, desesperançada de si mesmo, da sua família e sociedade.
- Você sente-se muito cansado. Você pode estar relutante ou incapazes de definir e alcançar os seus objetivos.
- Você fica com você mesmo. Você prefere ficar sozinho do que conhecer novas pessoas e estar com os outros.
- Você afasta as pessoas. Você tem dificuldade em fazer e manter amigos.
- Você evita olhar nos olhos dos outros. Você tem dificuldade com a confiança verdadeira , intimidade e afeto.
- Você recusa-se a assumir riscos. Você sente-se carente e pode ter uma tendência a apegar-se à falsa independência.
- Você pode criar efeitos e situações negativas. E em casos extremos, pode ser antissocial e talvez violento.
- Coisas que outros não podem observar incluem: Você fala para si mesmo de forma negativa, você não diz a verdade e/ou nem mantém a sua palavra, você não perdoa a si mesmo ou aos outros. Você pode não ter empatia, compaixão e remorso.
Aumentar
a autoestima implica algumas mudanças de comportamento. O comportamento vai
mudando com a prática e a intenção. A autoestima é uma realização, um processo
que energiza e lhe dá motivação. Não é algo que nós temos, mas desenvolve-se com a
experiência das coisas que fazemos. A autoestima é a experiência de ser capaz
de enfrentar os desafios e promover a felicidade.
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