sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Nosso vazio existencial de cada dia





O que está acontecendo nos nossos relacionamentos? O nosso problema está no fato da nossa vida ser vazia e de não conhecermos o amor; conhecemos sensações, conhecemos exigências sexuais, mas não há amor! E como se faz para transformar esse vazio, como encontrar essa chama sem fumaça? Esta é, por certo, a pergunta, não é?
Krishnamurti.

 O ser humano busca o equilíbrio entre aquilo que é “seu ideal de relacionamento” e aquilo que é “possível conseguirem”. O problema é que temos como referência sempre o nosso ideal e acabamos nos lamentando, nos magoando diante daquilo que conseguimos, e não enfrentamos as situações reais e concretas.

Assim, todas as nossas ações estão nos levando ao auto isolamento que cria uma sensação de vazio, um sentimento frustrante. Vazios, procuramos nos preencher com internet, televisão, com tagarelices, com a leitura, com a aquisição de conhecimento, com a respeitabilidade, com dinheiro, com posição social e por aí afora. Mas tudo isso é parte do processo de isolamento e, portanto, o reforça.

 Costumamos dizer que o problema está “na família”, que hoje as pessoas não valorizam esta instituição.
Pode acontecer que “a família” ou “a falta dela” desencadeie alguns problemas em pessoas muito sensíveis, mas “o coração do problema está em cada um de nós, individualmente, que juntos, constituímos essa família”.
Sabemos muito bem que a nossa existência tem pouco significado sem um propósito superior, sem um relacionamento edificante, sem compartilhar nossos ideais, sem caminhar pela vida com a certeza que iremos chegar ao fim dela já velhota, cercada de pessoas queridas ao nosso lado.

 Vivemos a repetir frases e pensamentos de líderes religiosos, políticos ou intelectuais, como Cristo, Mário Quintana ou Nelson Mandela, mas como diz Krishnamurti, “somos apenas fitas gravadas que repetem, e damos a essa repetição o nome de conhecimento”. Aprendemos e repetimos, mas a nossa vida continua superficial e vazia.

 Por quê? Por que os nossos relacionamentos são tão superficiais, estéreis e sem muito sentido? É esse o estado atual da vida da maioria: vida social intensa, muitos amigos, rótulos, posses, status, e vazio... Um grande vazio!

 Como sair dessa solidão, desse vazio, dessa insuficiência, dessa pobreza interior?

 Conhecemos esse vazio, esse sentimento de frustração porque existe em nós “superficialidade”, e só podemos compreender isso quando a abordamos por meio da “consciência dentro dos relacionamentos”. Na prática isso significa buscar primeiro um profundo autoconhecimento e, depois, procurar conhecer o outro. Isso, poucos desejam fazer, dá muito trabalho! A maioria fica satisfeita consigo mesmo, como se comporta; não procura ajuda para descobrir algo que possa melhorar a qualidade dos relacionamentos e prefere permanecer do mesmo jeito e nisso reside a verdadeira dificuldade...

 Ou fazemos pior: "nas nossas fases de grande vazio existencial" vamos atrás de amores descartáveis e acabamos escolhendo qualquer relação, principalmente a que trouxer prazer imediato. Assim, para a maioria, a vida é um processo de isolamento, de resistência, de ajustamento a um padrão; e, naturalmente, nesse processo não há vida, existe só a sensação de vazio, de frustração.

 Amar alguém é estar em comunhão com essa pessoa. E comunhão não significa perder a identidade, ao contrário, significa “estar unidos em essência, apesar das diferenças”, compartilhar a essência e compreender as diferenças, pois são exatamente elas que acabam com a nossa temida rotina. Porém, nós não conhecemos esse amor verdadeiro e buscamos algo novo, que nos satisfaça, que nos livre da solidão e do vazio. Uma nova segurança, uma nova maneira de nos relacionarmos, outra maneira de vivermos, o que é mais um processo de isolamento, ou melhor, acabamos encontrando, “a mesma coisa numa outra forma”.


Vazio existencial é vazio espiritual; é vazio na vida; é falta de bem viver e em se adaptar. Para sair dessa condição, o ser humano precisa ir além de um simples desejo de mudança; é preciso compreender o outro e para compreender alguma coisa, precisamos primeiro “amar aquilo que desejamos compreender”. Se quisermos compreender o outro, precisamos, antes de tudo, entrar em “comunhão” com ele; observá-lo, olhar para ele, contemplá-lo e estudá-lo. Sem pressa, sem ansiedade, porque o amor entre almas é tão intenso, tão sentido por nós, que ninguém, nem mesmo o tempo, consegue apagar de nossas vidas.


Disse Lord Maitreya:

“Os problemas da humanidade são reais, mas têm solução. A solução está ao seu alcance. Tome a necessidade dos seus irmãos como a medida para sua ação e resolva os problemas do mundo. Não há nenhum outro caminho. Cada pessoa é um farol e divide a sua luz com seus irmãos. Faça brilhar a sua lâmpada, ilumine e mostre o caminho. Todos são necessários. Ninguém é tão pequeno ou jovem que não possa tomar parte neste Grande Plano para salvar e reabilitar o nosso mundo. Resolva agir e saiba que a Minha ajuda não faltará".


por Lean Akbar

Texto revisado por Cris

por El Morya Luz da Consciência -


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