A Páscoa, de acordo com diferentes religiões.
A Páscoa
é uma festa comemorada antes mesmo do nascimento de Cristo.
Na antiguidade, a data era lembrada em memória da libertação dos Judeus da escravidão no Egito.
O pároco da igreja Nossa Senhora Aparecida, de Santa Cruz, Gilberto Moretto, explicou que a data da ressurreição de Cristo coincidiu com o dia em que se comemorava a Páscoa Judaica, por isso conservou-se o nome.
“A última ceia de Jesus com os doze apóstolos, as quais lembraram na quinta-feira Santa, foi uma comemoração da páscoa judaica”, esclarece.
Embora a lembrança no dia de páscoa tenha se voltado para a ressurreição de Cristo, Padre Gilberto ressalta que o sentido de liberdade entre a páscoa comemorada pelos judeus e a cristã é o mesmo. “Ambas dizem respeito a uma passagem e liberdade. Os judeus foram livres da escravidão e nós, através da paixão e morte de Jesus Cristo, fomos libertos do pecado e da escuridão”.
O religioso afirma que o mistério pascal é o ponto central na fé cristã. “Ele é a base do catolicismo. Da páscoa derivam todas as outras comemorações. Se não houve a paixão e morte de Jesus Cristo, a fé não teria sentido”.
Dentro da liturgia católica, a páscoa dura noventa dias. São quarenta dias de preparação e, após a data, as comemorações se estendem por cinquenta dias. “Começamos as celebrações referentes à páscoa na quarta-feira de cinzas, primeiro dia da Quaresma. Depois, o tempo pascal perdura por cinquenta dias”, explica Moretto.
O dia em que Jesus comemorou a páscoa da libertação dos judeus com seus apóstolos também é lembrado no catolicismo. Segundo padre Gilberto, na quinta-feira Santa acontece o tríduo pascal.
Na sexta-feira, a morte de Jesus Cristo na cruz é lembrada com vigílias e no sábado a noite a celebração de aleluia festeja a ressurreição, assim como no domingo de páscoa.
Para os fiéis, o padre recomenda que o período pascal sirva como tempo de reflexão. “Devemos deixar o "Cristo" viver em nós e esta época é própria para refletir sobre esta questão, assim como a necessidade de estender nosso amor e fazer o bem”, afirma.
Datas diferentes
Para os testemunhas de Jeová, a data também é importante, mas não há comemorações especiais. O ancião da igreja “Salão do Reino”, Rony Toda, explicou que eles não costumam comemorar a páscoa devido à sua origem. Segundo ele, a páscoa surgiu da libertação dos judeus do Egito, quando Deus, através das dez pragas, abateu a escravidão. “Conforme as escrituras, esta data deveria ser comemorada até que o verdadeiro cordeiro de Deus estivesse sobre a terra, ou seja, após sua morte a festa não deveria mais acontecer”, disse.
Na antiguidade, a data era lembrada em memória da libertação dos Judeus da escravidão no Egito.
O pároco da igreja Nossa Senhora Aparecida, de Santa Cruz, Gilberto Moretto, explicou que a data da ressurreição de Cristo coincidiu com o dia em que se comemorava a Páscoa Judaica, por isso conservou-se o nome.
“A última ceia de Jesus com os doze apóstolos, as quais lembraram na quinta-feira Santa, foi uma comemoração da páscoa judaica”, esclarece.
Embora a lembrança no dia de páscoa tenha se voltado para a ressurreição de Cristo, Padre Gilberto ressalta que o sentido de liberdade entre a páscoa comemorada pelos judeus e a cristã é o mesmo. “Ambas dizem respeito a uma passagem e liberdade. Os judeus foram livres da escravidão e nós, através da paixão e morte de Jesus Cristo, fomos libertos do pecado e da escuridão”.
O religioso afirma que o mistério pascal é o ponto central na fé cristã. “Ele é a base do catolicismo. Da páscoa derivam todas as outras comemorações. Se não houve a paixão e morte de Jesus Cristo, a fé não teria sentido”.
Dentro da liturgia católica, a páscoa dura noventa dias. São quarenta dias de preparação e, após a data, as comemorações se estendem por cinquenta dias. “Começamos as celebrações referentes à páscoa na quarta-feira de cinzas, primeiro dia da Quaresma. Depois, o tempo pascal perdura por cinquenta dias”, explica Moretto.
O dia em que Jesus comemorou a páscoa da libertação dos judeus com seus apóstolos também é lembrado no catolicismo. Segundo padre Gilberto, na quinta-feira Santa acontece o tríduo pascal.
Na sexta-feira, a morte de Jesus Cristo na cruz é lembrada com vigílias e no sábado a noite a celebração de aleluia festeja a ressurreição, assim como no domingo de páscoa.
Para os fiéis, o padre recomenda que o período pascal sirva como tempo de reflexão. “Devemos deixar o "Cristo" viver em nós e esta época é própria para refletir sobre esta questão, assim como a necessidade de estender nosso amor e fazer o bem”, afirma.
Datas diferentes
Para os testemunhas de Jeová, a data também é importante, mas não há comemorações especiais. O ancião da igreja “Salão do Reino”, Rony Toda, explicou que eles não costumam comemorar a páscoa devido à sua origem. Segundo ele, a páscoa surgiu da libertação dos judeus do Egito, quando Deus, através das dez pragas, abateu a escravidão. “Conforme as escrituras, esta data deveria ser comemorada até que o verdadeiro cordeiro de Deus estivesse sobre a terra, ou seja, após sua morte a festa não deveria mais acontecer”, disse.
Ele conta que os testemunhas de Jeová comemoram a páscoa no sentido da última
refeição de Jesus, chamada na religião de “Refeição Noturna”. Assim, a páscoa
dentro da religião acontece em data diferente das demais.
“Relembramos a última refeição de Cristo, quando a última páscoa foi comemorada, mas não seguimos o calendário católico e, sim, a data antiga, que para os Judeus é o dia 14 de Nisã
Já para a doutrina espírita, a páscoa através da ressurreição de Jesus é uma prova concreta de que o espírito não morre, mas somente o corpo. As diretoras do “Centro Espírita Jesus e Maria”, Maria Joana Camilo Dias e Eunice Santinelli Villar, explicam que Jesus foi o primeiro a mostrar a imortalidade do espírito, surgindo em um mundo invisível como espírito.
“Ele ressuscitou como espírito e se materializou depois disso para provar que, quando morremos, não acabamos”, disse Joana.
Para os seguidores do espiritismo, a páscoa é uma oportunidade de reflexão sobre o tema. Porém, não há qualquer manifestação religiosa. “Comemoramos com nossas famílias, com o intuito da confraternização”, explica Eunice.
Ela acredita que, através da ressurreição, Jesus provou a imortalidade do espírito e, consequentemente, a reencarnação.
“Relembramos a última refeição de Cristo, quando a última páscoa foi comemorada, mas não seguimos o calendário católico e, sim, a data antiga, que para os Judeus é o dia 14 de Nisã
Já para a doutrina espírita, a páscoa através da ressurreição de Jesus é uma prova concreta de que o espírito não morre, mas somente o corpo. As diretoras do “Centro Espírita Jesus e Maria”, Maria Joana Camilo Dias e Eunice Santinelli Villar, explicam que Jesus foi o primeiro a mostrar a imortalidade do espírito, surgindo em um mundo invisível como espírito.
“Ele ressuscitou como espírito e se materializou depois disso para provar que, quando morremos, não acabamos”, disse Joana.
Para os seguidores do espiritismo, a páscoa é uma oportunidade de reflexão sobre o tema. Porém, não há qualquer manifestação religiosa. “Comemoramos com nossas famílias, com o intuito da confraternização”, explica Eunice.
Ela acredita que, através da ressurreição, Jesus provou a imortalidade do espírito e, consequentemente, a reencarnação.
Comercialização — Quando se fala em páscoa, logo
vem à mente os ovos de chocolate, tradicionais nesta época. Embora este tipo de
simbologia seja irrelevante para todas as religiões, nenhuma delas proíbe o
consumo de tal produto.
O padre católico Gilberto Moretto avalia que este tipo de simbologia faz parte do mundo social, mas que devemos atentar sempre para o verdadeiro significado da data. “Não condeno o hábito de se presentear com ovos de páscoa, mesmo porque eles simbolizam a vida. Porém devemos sempre deixar o sentido religioso em primeiro lugar”, diz o sacerdote.
Já Roni Toda afirma que os artigos de chocolate típicos da páscoa também são consumidos pelos testemunhas de Jeová, porém sem significado algum. “Principalmente as crianças gostam deste tipo de doce, mas evitamos comer os ovos de páscoa no dia”, disse.
A doutrina espírita também não condena o consumo de chocolates na páscoa, mas procura orientar, especialmente as crianças, sobre o verdadeiro significado da data. “Temos grupos de evangelização para crianças e elas são esclarecidas sobre este assunto”, explica Joana Camilo Dias.
O padre católico Gilberto Moretto avalia que este tipo de simbologia faz parte do mundo social, mas que devemos atentar sempre para o verdadeiro significado da data. “Não condeno o hábito de se presentear com ovos de páscoa, mesmo porque eles simbolizam a vida. Porém devemos sempre deixar o sentido religioso em primeiro lugar”, diz o sacerdote.
Já Roni Toda afirma que os artigos de chocolate típicos da páscoa também são consumidos pelos testemunhas de Jeová, porém sem significado algum. “Principalmente as crianças gostam deste tipo de doce, mas evitamos comer os ovos de páscoa no dia”, disse.
A doutrina espírita também não condena o consumo de chocolates na páscoa, mas procura orientar, especialmente as crianças, sobre o verdadeiro significado da data. “Temos grupos de evangelização para crianças e elas são esclarecidas sobre este assunto”, explica Joana Camilo Dias.
Lembrando que: RELIGIÃO — Data é lembrada em
praticamente todos os meios religiosos, mas possui algumas diferenças de
sentido e comemoração em cada um.
http://www2.uol.com.br/debate/1357/cidade/cidade07.htm
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