quarta-feira, 14 de maio de 2014

Helena Blavatsky

 
Helena Blavatsky e a Sabedoria Divina
Em pleno século 19, uma mulher desafiou as diferentes religiões em seus aspectos dogmáticos e corporativos, mostrando que todas elas são imperfeitas e nenhuma possui contato exclusivo com o mundo divino.  Mas a escritora russa-ucraniana Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891) também mostrou que cada grande religião tem, em sua essência, contato interior com a sabedoria eterna e universal que é patrimônio comum de toda a humanidade.
 
 
Retomando o termo criado por Amônio Sacas de Alexandria nos séculos dois e três da era cristã,  Helena usou a palavra “teosofia” para referir-se a essa sabedoria primordial, e fundou, em Nova Iorque em 1875, o movimento esotérico moderno. 
Ela também desafiou os dogmas científicos da época, e retomou a tradição clássica segundo a qual a religião, a ciência e a filosofia devem ser reconhecidas como inseparáveis em um universo em que cada coisa tem vida e movimento em seu interior e está ligada a todas as outras partes do cosmo.
 
 
 
 
Sensitiva, durante alguns anos promoveu fenômenos parapsicológicos para mostrar em um plano prático que o universo não tem apenas três dimensões e que a vida é maior do que o mundo dos cinco sentidos. 




Trabalhando em contato com raja-iogues dos Himalaias - sábios que operam em um plano intuitivo da consciência - Blavatsky trabalhou pela compreensão não-dogmática de que todos os seres humanos são irmãos, sem distinção de raça, credo, sexo, ideologia ou condição social.



 
 
Em troca, foi desprezada, chamada de doida, charlatã e mentirosa. Também foi incompreendida e atacada dentro do próprio movimento teosófico que ela fundou.
Em 1885, no auge de uma campanha clerical contra suas idéias universalistas que desbancavam crenças dogmáticas, Helena Blavatsky foi alvo de uma investigação por parte da Society for Psychical Research (Sociedade de Pesquisas Psíquicas, SPP),  de Londres, e qualificada como um caso “fascinante” de fraude. 
Quase cem anos depois do “processo”, levando em conta certos estudos e evidências, a SPP contratou um expert em fraudes e falsificações, Vernon Harrison, para re-examinar a “condenação” de H.P. Blavatsky.
 A investigação técnica reverteu diametralmente a posição da SPP, e Harrison escreveu um livro com suas conclusões. Ele testemunhou que, realmente, houve fraude; não da parte de Blavatsky, mas dos  seus acusadores.  As provas contra Blavatsky é que foram forjadas. Em 1986, a Society for Psychical Research (SPR) de Londres fez uma autocrítica pública, integral e sem meias palavras. Embora tardia, a reparação serviu para restabelecer a verdade. Os mais desinformados, no entanto, ainda hoje tratam Blavatsky com base nas calúnias e preconceitos do século 19. 
 
 
 
 

Menos de 150 anos depois da sua morte, está documentado o fato de que a vida e o trabalho de Helena P. Blavatsky  causaram um forte impacto positivo na história do pensamento humano. Porém, muito do que ela escreveu e publicou em vida ainda está por ser compreendido e decodificado mais claramente. Há previsões segundo as quais a importância de Blavatsky será melhor percebida no futuro.



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