quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Neurônios




Ironicamente, dizem que as mulheres têm apenas 2 neurônios e que as louras 1!
Bom seria assim não era preciso se desculpar de tantos detalhes que o mundo exige das demais!
Vamos ver mesmo por pesquisas, como eles funcionam:
O neurônio é uma célula altamente especializada na transmissão de informações, na forma de impulsos nervosos. Os impulsos nervosos são fenômenos eletroquímicos que utilizam certas propriedades e substâncias da membrana plasmática, que permitem que seja criado e transmitido um impulso elétrico.
Um neurônio em repouso é uma célula que possui uma diferença de voltagem entre o seu citoplasma e o líquido extracelular. Esta diferença de voltagem é criada graças ao acúmulo seletivo de íons potássio(K+) e sódio (Na+), que ocorre pela ação de bombas que criam uma diferença de concentração. Esta diferença de concentração é controlada por canais de K+ e de Na+, gerando uma tensão negativa (de -58mV no interior de neurônios humanos), que pode variar entre espécies.
Este estado de equilíbrio (ou estado de polarização do neurônio) duro até o momento em que um potencial de ação abre os canais de K+ e de Na+, alterando a concentração destes íons. Esta modificação gera um potencial positivo dentro do neurônio, chegando aos +40mV ou mais (dependendo do organismo estudado). Este desequilíbrio gera um efeito cascata, que é o potencial de ação. Usualmente o potencial de ação inicia no começo no axônio (zona de disparo) e se propaga até as vesículas sinápticas, gerando a descarga de neurotransmissores.
Após ter ocorrido o potencial de ação, imediatamente os canais de K+ e de Na+ começam a restabelecer o equilíbrio anterior, com uma tensão negativa no interior do neurônio e positiva fora dele. O neurônio precisa, então, de um brevíssimo tempo para reconstituir seu estado pré-descarga, e durante este tempo ele não consegue efetuar outro potencial de ação. Este período de latência chama-se período refratário. Logo em seguida, o neurônio adquire sua capacidade para efetuar outro potencial de ação, estabelecendo um ciclo.
Tipos de neurônios

Receptores ou sensitivos (aferentes)
São os neurônios que reagem a estímulos exteriores e que despertam a reação a esses estímulos, se necessários. A sua constituição é um pouco diferente dos outros dois tipos de neurônios. De um lado do axônio tem os sensores que captam os estímulos. Do outro lado possui os telo dendritos. O corpo celular localiza-se sensivelmente a meio do axônio, estando ligado a este por uma ramificação do axônio, assumindo um pouco o aspecto de um balão.
Associativos ou Conectores ou Interneurônios
O grupo de neurônios mais numeroso. Como o nome indica, estes neurônios transmitem o sinal desde os neurônios sensitivos ao sistema nervoso central. Liga também neurônios motores entre si.
Neste tipo de neurônios o axônio é bastante reduzido, estando o corpo celular e os dendritos ligados diretamente à arborização terminal, onde se localizam os telo dendritos.
Motores ou efetuadores (eferentes)
Este tipo de neurônio tem a função de transmitir o sinal desde o sistema nervoso central ao órgão eretor (que se move), para que este realize a ação que foi ordenada pelo encéfalo ou pela medula espinhal. Este é o neurônio que tem o aspecto mais familiar, que nós estamos habituados a ver nas gravuras.
Sinapse
Sinapses nervosas são os pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos, os neurotransmissores. A sinapse é considerada uma estrutura formada por: membrana pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-sináptica.
As sinapses ocorrem no "contato" das terminações nervosas chamadas axônios, usualmente com os dendritos de outro neurônio, mas pode haver contato com o corpo celular e mesmo com outros axônios (menos comum). O contato físico em sinapses químicas não existe realmente, pois há um espaço entre elas, denominado de fenda sináptica, onde ocorre a ação dos neurotransmissores. Dos axônios, são liberadas substâncias (neurotransmissores), que atravessam a fenda e estimulam os receptores pós-sinápticos.
A literatura aponta a existência de dois tipos de sinapses neuronais: as sinapses químicas e as sinapses elétricas. Ambos os tipos de sinapses transmitem o potencial de ação para outros neurônios, diferindo apenas no mecanismo de comunicação (químico ou elétrico).
Tipos de sinapses

Químicas
As sinapses químicas consistem na maioria das sinapses presentes no sistema nervoso. Ela consiste numa fenda presente entre o axônio do neurônio que está transmitindo a informação (neurônio pré-sináptico) e o neurônio que receberá uma descarga de neurotransmissores, o receptor (neurônio pós-sináptico).
Quando o impulso nervoso atinge as extremidades do axônio, libertam-se para a fenda sináptica os neurotransmissores, que se ligam os receptores da membrana da célula seguinte, desencadeando o impulso nervoso, que, assim, continua a sua propagação.
A chegada do impulso nervoso até o botão sináptico, que é a parte do neurônio pré-sináptico que irá liberar os neurotransmissores, provocará uma reação de liberação de vesículas sinápticas, carregadas com neurotransmissores. Estas substâncias passarão pela fenda sináptica atingindo sítios receptores dos dendritos dos neurônios pós-sinápticos, o que provavelmente irá gerar um potencial de ação provocando um impulso nervoso, que passará pelo corpo celular e prosseguirá até o axônio.

Elétricas
Alguns neurônios comunicam-se através de sinapses menos comuns, que são as sinapses elétricas, que são junções muito estreitas entre dois neurônios. Estas junções comunicantes são constituídas por proteínas chamadas de conexões, que permite uma continuidade entre as células e dispensa, em grande medida, o uso de neurotransmissores. Este tipo de sinapse reduz muito o tempo de transmissão do impulso elétrico entre os neurônios, sendo a ideal para comportamentos que exigem rapidez de resposta. Organismos como lagostins, que necessitam fugir com velocidade de predadores, possuem sinapses elétricas em vários circuitos.
Outros sistemas que se beneficiam com a sincronização de neurônios também utilizam este tipo de sinapse, como por exemplo, neurônios do tronco encefálico, que controlam o ritmo da respiração e em populações de neurônios secretores de hormônios. Esta sincronização facilita a descarga hormonal na corrente sanguínea. Estas junções também chamadas de abertas estão em abundância no músculo cardíaco (discos intercalares) e músculo liso (corpos densos).
Atos voluntários e involuntários
Todas as ações que nós executamos são ordenadas pelo sistema nervoso central.
A maioria desses atos são devidamente planejados e feitos conscientementes, como, por exemplo, beber por um copo, escrever, ler, jogar, etc.
Contudo existem outros atos que simplesmente não são planejados antes de serem feitos. Por exemplo, se alguém agitar a mão de encontro à nossa cara, a reação instantânea é fechar os olhos. Se tocarmos em alguma coisa muito quente, o instinto é tirar a mão de imediato. Temos também para ser mais explícitos, o bater do nosso coração é um ato completamente automático.
Esses são os chamados atos involuntários.
§  Os atos voluntários, planeados e executados, são comandados pelo cérebro (Sistema Nervoso Periférico Somático).
§  Os atos involuntários, que não são pensados antes de serem executados (instintos), são comandados pela medula espinal (Sistema Nervoso Periférico Autônomo).

Nenhum comentário:

Postar um comentário