Ainda que afeito à música, o canto coral vai além das questões musicais e
converte-se numa atividade que envolve a sociologia, a musicoterapia,
psicologia, a antropologia, a fonoaudiologia e outras ciências afins.
Ninguém pode afirmar com exatidão
quando o canto coral teve início.
O que se tem são registros que nos
fazem supor a sua antiguidade.
Essa imagem nos faz crer que existia
canto e dança coletivo já na pré-história e ainda que de maneira muito rudimentar
o canto coral estava presente.
Os primeiros coros aparecem na Europa por volta do ano 1000 nos mosteiros e comunidades religiosas,
numa herança do culto judaico, acredita-se, porém, que no Séc. I os cristãos em Roma já cantavam em coro. Na Grécia Antiga se faz referência a um coro,
ligado ao teatro grego.
Com o desenvolvimento da linguagem musical, no século X, se tem registro em escrita nemática que sugere o canto
coletivo. No séc. XII surgem os primeiros registros específicos de música feita
para coro.
Na atualidade o canto coral é amplamente difundido e são praticados em
universidades, escolas, igrejas, associações, clubes e empresas, além de grupos
independentes que realizam um trabalho de grande aceitação.
No estilo "A cappella" ((em italiano)), um grupo canta sem acompanhamento de instrumentos. Cada naipe executa
uma parcela da harmonia da canção: um deles pode ser responsável pela melodia de cada frase musical enquanto os
outros fazem o acompanhamento; ou a linha melódica se desenvolve no próprio
arranjo harmônico das quatro vozes que se intercalam ou revezam a parte da
linha melódica.
Estilo responsorial
No estilo responsorial erudito e
tradicional, que surge na música medieval, os solistas cantam os versos e o coro canta o
refrão. Comum também noutros períodos, em cantatas e noutros estilos da música barroca,
principalmente quando no uso de dois corais, e também em oratórios, e mais tarde nas óperas e até outros estilos na música popular quando há um coro, assim como em outros gêneros de obras para coro.
Ainda é comum se referir ao estilo responsorial devido as perguntas e respostas entre o cantor
solista e o grupo coral, em que, a cada frase da melodia, eles intercalam o
texto.
O conjunto de rock progressivo, Pink Floyd, apresentou com o trabalho operístico de Roger Waters, The Wall, o estilo responsorial em várias composições. Na
música Another Brick in the
Wall, Part II, por exemplo, o cantor solista canta o verso e
noutro verso o coro infantil entra com a resposta. O verso do coro infantil é,
melodicamente, o mesmo que o verso do cantor solista, fazendo a forma da música
ser estrófica, mas a intercalação do coro ainda estabelece o estilo
responsorial.
http://youtu.be/VZbM_MIz4RM
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