domingo, 26 de maio de 2013

DICAS DE MAURO HECTOR




Temos a honra de entrevistar o maior músico e compositor dos tempos de hoje!

-Mauro. Como você consegue explorar tanto da música instrumental, sendo uma linguagem tão ímpar e elitista?
Como venho do rock e blues foi um processo natural com os anos de prática. A partir do momento que vc vira músico profissional convive com vários estilos e a forma que o instrumentista tem de se expressar é através dessa linguagem, impar sim, mas elitista é uma forma cultural de enxergá-la, entretanto eu não a vejo assim. Espaços como esse contribuem para popularizar a música, simplesmente música.

- Por que Blues?

O blues é a raiz da música norte-americana de onde surge o rock, o soul music, o jazz, e como guitarrista não pude deixar de beber nessa fonte.

- Pros que não entendem muito de gênero musical, defina Blues e Jazz.
Blues geralmente é uma harmonia de 12 compassos e há uma resposta entre vocal e guitarra. Temos como principal expoente  o mestre BB King. Historicamente é uma música de raiz negra norte-americana e que antecede o rock e foi matriz para se criar o jazz. O jazz por sua vez, é executado com maior liberdade de construção, geralmente os músicos da década de 50 se baseavam nos standards da Brodway, clássicos populares da época, improvisando sobre esse temas, criando novas melodias. Com harmonias complexas passando a ser um grande desafio para os músicos, o que o marca como um gênero motivador para os músicos.

- Seus shows. Você consegue juntar grupos?
Existe um público bastante fiel e admirador dos gêneros que toco, por outro lado, trabalho reunindo vários músicos e situações diversas e acabo por transitar por muitos gêneros musicais, o que traz uma experiência bastante variada em shows.

- Depois disso você acha que as pessoas ficam mais propensas ao Blues?
Depois do advento da Internet, globalização, o acesso a todos os gêneros musicais e culturas ficou muito mais democrático, entretanto estar em um bom show de blues ou qualquer outro gênero ao vivo influencia positivamente o gosto musical das pessoas. Mas gosto  não se  discute...

- Mencionando a respeito de repertório, quantos CDs?
Da minha carreira solo, já em fase de compor o 4º CD. Até agora, lançados são “Sonoridades”, “Atitude Blues” e “Retratos”. Da banda Caviars blues band, da qual faço parte há 4 anos, lançamos recentemente o título “Merlot”, composições próprias de blues em português. Gravei com a banda Fast Fusion o seu segundo CD “Alucinações musicais”. Partcipei dos Cd de Zuzo Moussawer,  do baterista Alex Reis, do saxofonista José Simonian e da cantora Babi Mendes.

- Qual a sua realização mais esperada?
Continuar vivendo da minha arte com dignidade.

- E as aulas que você ministra?
Sou professor de guitarra há 27 anos e tenho um homestudio para isso que venho aprimorando a cada dia, assim como a prática das aulas.

- Você ensina qualquer tipo de música?
Sim, mas tenho minhas especialidades em harmonia e improvisação ligadas ao jazz, rock,  blues, MPB.

- E os alunos? Querem Blues também?
Recebo todo tipo de aluno, o que é uma experiência bem rica. Evidente que apresento a variedade musical que entendo que vão contribuir ainda mais com o processo de aprendizagem musical.

- Dizem que músico que é músico, não tem preconceito musical. Verdade?
Sem dúvida. Como dizia Duke Ellington, “só há dois tipos de música: a boa e a outra...”

- Por admiração, você não acha que seus alunos ficam mais propensos ao Blues?
Não, acho importante que cada um tenha seu estilo, e como estudo vários estilos, procuro respeitar e incentivar que cada aluno tenha sua própria linguagem, chamamos de “voz própria”.

- Sei que você aperfeiçoa as mãos e ouvidos, porém quando os alunos chegam a você, o que eles esperam do Mestre?
Cada aluno chega com uma expectativa. O importante é ouvi-lo e deixar que suas experiências e desejos façam parte da construção da nossa aula, por isso acredito no trabalho individualizado.

- Gosto é uma coisa que não se discute, embora o seu ser muito aprimorado, contudo, quando chegam pra aprender, dá pra notar quem tem talento ou isso se aprimora com o tempo?
Há essa situação de talento ou não, mas a vontade,  dedicação e amor pela música são transformadores. Já vivi situações em que um garoto talentoso, dispersa com o tempo e deixa de praticar, por outro lado já tive alunos que pareciam não ter talento algum e são grandes músicos hoje em dia.

- Além dos dedos, Você consegue afinar uma voz? Existe técnica pra isso?
Sim, com aulas de canto você  aprimora. Mas isso é mais indicado pro Marcos Paulo, amigo músico e professor de canto, companheiro na Banda Druídas.

- Sei que depende de cada um, mas em quanto tempo o aluno já pode contar que está tocando um instrumento?
Em geral, em um ano já é possível dizer isso, mas pronto nunca estamos. Há sempre mais e mais a aprender.



- Gosto é uma questão de cultura, cite aqui alguns de seus músicos preferidos:
Jimi Hendrix, BB King, Angus Young, Mozart Mello, Joe Pass, Wes Montgomery, Heraldo do Monte, Albert Lee. E há muitos outros...


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http://www.ibcmg.com.br
 





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