Em sua última visita ao Brasil, Lama Gangchen Rinpoche comentou: "Nós exageramos as conseqüências de nossos pequenos erros".
Caiu? Quebrou? Perdeu? Esqueceu? Ok,
podemos lidar com isso sem nos causar danos extras!
Todos estes eventos corriqueiros podem
se tornar verdadeiros treinos para criarmos uma maior tolerância com nossa
mania de autoperfeição.
O budismo nos inspira a seguir o
caminho do meio, isto é, a não levar a vida em extremos - esforçando-nos muito
para ser o que não somos, nem nos subestimando, achando que somos incapazes de
fazer algo para melhorar.
Chögyam Trungpa escreve, em seu livro
Além do Materialismo Espiritual: “Precisamos trabalhar com uma espécie de
caminho do meio, um estado completo de sermos como somos”.
Poderíamos descrevê-lo com uma porção
de palavras, mas temos realmente que passar por ele.
Se você começa, de fato, a viver o
caminho do meio, então, irá enxergá-lo, irá encontrá-lo.
Você precisa permitir-se confiar em si
próprio, confiar em sua própria inteligência. Somos pessoas incríveis, temos
coisas incríveis dentro de nós.
Auxílio externo não pode nos oferecer
ajuda. Se você não está disposto a se permitir crescer, então cairá no processo
autodestrutivo da confusão.
Aqui temos autodestruição ao invés de
destruição por outra pessoa. Eis por que isso é eficaz: porque é
autodestruição".
Exagerar as expectativas sobre nossas
próprias condições também nos causa problemas. Quando nos imaginamos sendo
capazes de fazer o que na realidade não temos condições, estamos nos traindo,
nos abandonando.
É como dirigir um carro com gasolina
na reserva e achar que vai dar para chegar aonde queremos, simplesmente porque
queremos chegar. Quando a gasolina acaba, de acordo com a sua real condição,
ficamos surpresos, frustrados e desconcertados. Ficamos com raiva de nós mesmos
por termos nos colocado naquela situação. Não podemos nos abandonar: ficar na
estrada sem gasolina...
Podemos aprender a ser diretos com nós
mesmos: ser sinceros com o nosso real tamanho. Passo a passo. Aliás, se os
outros não veem nossas reais condições e nos incentivam a ultrapassar nossos
limites, é de nossa responsabilidade reafirmá-los!
Bel Cesar
.
É verdade, em tudo exageramos..., e pouco é aproveitado.
ResponderExcluir“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”. (Dalai Lama)
Parabéns pela postagem!
http://jefhcardoso.blogspot.com lhe convida e espera para ler e comentar “O último choro”, a despedida de Chorão. Abraço e bom final de semana.
Muito bom!!!
ResponderExcluir