Quando os fatos acontecem no plano material e os
astrólogos se debruçam sobre os aspectos planetários para ver se estava
indicado no céu. No entanto, olhar o céu e prever o fato no material é muito
mais difícil!
Houve, sim, uma previsão de terremoto,
assim como havia também a previsão de epidemia (vírus e contágio pelo ar), só
não havia como prever onde isso iria acontecer e por que razão.
Como indivíduos, podemos exercer o
nosso livre arbítrio até certo ponto, ou seja, podemos fazer nossas escolhas,
porém, sempre dentro de certo limite imposto por nosso mapa natal.
Ou seja, o nosso mapa natal,
determinando nosso caráter, determinará também nossas escolhas e, portanto,
suas conseqüências.
Por exemplo, se estamos passando por
um trânsito de Urano sobre nosso Sol natal, estaremos experimentando uma
necessidade de liberdade que poderá nos ajudar a romper as limitações impostas
pelas circunstâncias da vida.
Podemos aproveitar esse trânsito para
abrir uma brecha no nosso pequeno e restrito mundinho (nosso refúgio) e sair
por aí para explorar o mundo lá fora ou, então, podemos resistir e ficar
segurando os muros que nos protegem até que 'algo exterior' os faça cair,
forçando-nos a sair. Isso acontece, especialmente, quando um fato mundano vem sacudir
nossas bases.
As pessoas mais conscientes possam
exercer desta forma seu livre arbítrio. De fato, se temos em mente que as
coisas acontecem sempre como devem acontecer, podemos também escolher
antecipadamente.
Vamos e convenhamos: ninguém conspira
contra nós se algo de ruim nos acontece! Provavelmente entra em jogo a lei de
Causa e Efeito (uma das 7 Leis Herméticas)! Os nossos atos são inerentes à
nossa personalidade.
"Os outros estão contra
mim", "Os outros conspiram contra minha felicidade". Por
"outros" podemos entender a família, os amigos, os parceiros
amorosos, o chefe, a sociedade em geral. Não importa: existem pessoas que
sempre culpam os outros por aquilo que a vida lhes manda.
Não, não é assim que as coisas
acontecem. O Cosmos conspira sempre em nosso favor, nunca contra.
Aquilo que
está escrito nas estrelas, no mapa de nosso nascimento, imprime um caráter
especial em cada um de nós, já que todos os mapas são diferentes, mesmo aqueles
de crianças gêmeas e indica nosso temperamento.
Assim, o temperamento de cada um
difere sempre, mesmo que o nascimento aconteça apenas a alguns minutos de
distância. E será esse temperamento que irá determinará a forma como cada um
irá se desenvolver ao longo da vida, como cada um irá reagir fazendo suas
escolhas.
Consequentemente determinará como a
Lei de Causa e Efeito irá funcionar.
Porém, no final, face às dificuldades,
devemos compreender que nossa vida é exatamente como ela precisa ser, ou seja,
que nossa vida se desenrola exatamente como foi planejada antes de nosso
nascimento e de maneira a nos dar chance de nos desenvolver espiritualmente
nesta encarnação atual.
Provavelmente, um ariano,
afoito e imprudente, terá mais chance de sofrer um acidente que um taurino,
mais pacato e tranquilo, ou seja, naturalmente mais prudente.
Porém, se o mapa do taurino indica que
ele sofrerá um acidente (mesmo que provocado por 'outros') ele precisará
compreender que o fato é exatamente aquilo de que ele necessita. E se o mapa do
ariano indica que ele sofrerá um acidente, ele também precisará aprender algo
sem culpar os outros por isso! A cada momento precisamos compreender os fatos
da vida como um processo natural de evolução, como um aprendizado e não como um
castigo.
Não culpemos os outros, nem Deus, nem
os deuses, quaisquer que eles sejam!
Uma coisa que pode nos ajudar a
compreender o processo é sempre observar o fato num contexto maior, ou seja, do
lado de fora. Se ficarmos olhando somente nosso umbigo, não conseguiremos
enxergar o projeto do Todo.
Quando observamos um quadro, não devemos olhar cada
pequeno traço do pincel, de pertinho, com a lupa, caso contrário, não
conseguiremos ver nada daquilo que o artista quis expressar.
Se olharmos um quadro de Van Gogh de
pertinho não poderemos apreciar toda sua magnificência! Veremos pinceladas
confusas, não compreenderemos seu significado. Precisamos nos afastar tomar
distância, inserir a pintura no contexto e, então, tudo ficará mais claro, nos
revelando a alma, a idéia do artista.
Com as coisas de Deus acontece o
mesmo. Não devemos dizer: o que Deus quer comigo, mas sim, o que Deus deseja
para mim no contexto do Todo! Lembrando que cada um de nós é importante para o
projeto do Todo, estaremos simplesmente fazendo nossas escolhas
conscientemente.
Graziella Marraccini
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