Todos nós sabemos o quanto vivemos
numa época de crescente transformação psico/social onde cada vez mais o
panorama profissional vai se tornando expressivamente instável, somando-se a
questões familiares que hoje, mais do que nunca, mostram-se fragilizadas. Mesmo
assim, em meio a todo este cenário, atravessando os nossos medos e ansiedades,
abrimos espaço para nos imaginarmos em situações melhores do que as que já
estamos ou mesmo visualizamos formas de ampliarmos o que está bom para que
fique melhor. Somos assim. Funcionamos assim.
Até os mais pessimistas, pelo simples
fato de se manifestarem de modo negativado, evidenciam o seu desgosto pela vida
por saberem que o bom existe. Na certa, vagueiam subliminarmente pelo desejo de
que tudo melhore, embora muitas vezes viciados num estilo próprio de entender o
mundo e as suas dificuldades, têm as suas identidades vinculadas a uma espécie
de deleite por uma visão de desejo distorcida de uma realidade literal e
prazerosamente positiva.
O fato é que todos nós temos o anseio
de predestinar o nosso próprio caminho de acordo com os nossos desejos mais
íntimos, sejam eles quais forem.
Isso ocorre mesmo com aqueles que não
têm claro que tipo de desejo os faria felizes e dinâmicos em sua própria
existência.
Na verdade, todos nós, de modo
inconsciente ou não, "trabalhamos" constantemente para que as nossas
realidades sejam criadas.
Temos a habilidade de criar e de
fazermos acontecer o nosso destino de acordo com as nossas necessidades. Você
pode, eu posso. Estamos todos interconectados no mesmo propósito prazeroso da
construção.
Quer queiramos ou não, estamos todos
imersos e sendo aspectos do Tao e da sincronicidade.
Quando alinhados neste tipo de
percepção, atentamos para as coincidências pelas quais aparentemente somos
acometidos, observamos as nossas intuições que nada mais são do que
interatividade com o Tao e podemos fazer uso positivo de todo este montante
para entendermos como trilhar e acionar os nossos caminhos de modo cada vez
mais eficiente e agradável.
Todos nós temos habilidades inatas e
altamente criativas para trilharmos os caminhos que nos são importantes.
Podemos experienciar com validação total, ou seja, nos sentindo
ininterruptamente vividos.
Todos podemos ficar imediatamente
atentos e largarmos efetivamente mão dos nossos próprios pilotos automáticos
saindo dos diversos sistemas hipnóticos em que estamos ousando olhar, acionando
simultaneamente a nossa realidade maior. Uma realidade muito mais sagrada do
que esse sonambulismo existencial em que multidões sub-vivem.
Podemos pensar em como estamos vivendo
e finalmente dirigir os nossos passos para o caminho que nos faz sentido. Por
vezes, algumas decisões de vida serão extremamente difíceis de serem tomadas;
as nossas vidas, porém, neste intervalo de tempo em que estamos de passagem
aqui na Terra, deveriam obrigatoriamente seguir a linha do coração, mesclada às
nossas sensações mais viscerais.
Muita gente é infeliz porque nunca se
atreve a tomar decisões em suas vidas. Se todos se dessem o espaço para escutar
a si mesmo seria um excelente caminho para que a sensação de sentir-se
plenamente vivo e livre tomasse verdadeiramente um espaço especial dentro de
cada um.
Com certeza, todos estaríamos mais
felizes e muito mais conectados com tudo o que existe no sentido mais sagrado
que se pode imaginar...
:: Silvia Malamud ::
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