Estamparia
A aparência final de um
tecido, bem como sua adequação a um uso específico, estão determinadas pelas
técnicas que compõem seu processo produtivo. Os têxteis, em geral, passam por
três etapas de produção distintas: a fiação, a tecelagem e o acabamento.
Todas as etapas são importantes para a obtenção de um resultado estético esperado e seu desenvolvimento muitas vezes foi requisitado pelo designer, isto é, os técnicos investigaram processos que tornassem possíveis aquilo que a imaginação criava!
Muitas das técnicas que hoje em dia utilizamos, são o resultado do aperfeiçoamento de técnicas até mesmo milenares, uma vez que, desde sempre, o homem procurou adornar as suas vestes.
Todas as etapas são importantes para a obtenção de um resultado estético esperado e seu desenvolvimento muitas vezes foi requisitado pelo designer, isto é, os técnicos investigaram processos que tornassem possíveis aquilo que a imaginação criava!
Muitas das técnicas que hoje em dia utilizamos, são o resultado do aperfeiçoamento de técnicas até mesmo milenares, uma vez que, desde sempre, o homem procurou adornar as suas vestes.
Profa. Luz Garcia Neira
MANUAL
Podem ser consideradas os
"princípios" de impressão têxtil por terem sido parcialmente mantidas
quando da mecanização dos processos.
Blocos:
Técnica milenar, consiste na preparação de blocos de maneira em alto-relevo à maneira de carimbos. Eles são entintados e colocados na disposição adequada sobre os tecidos, pressionados. Os chintz indianos eram produzidos antes do século XV com essa técnica que, mais tarde, evoluiu e chegou a ser mecanizada. Os blocos podem ser também de outros materiais, como metais e borrachas.
Estêncil:
Técnica muito antiga identificada em fragmentos de vestes dos fenícios, é possível graças à execução de "moldes vazados". Com a utilização de diferentes tipos de materiais, como papéis e plásticos em geral, as lâminas são recortadas e as áreas que se pretendem colorir, vazadas. Para cada lâmina corresponde uma cor e, sobrepostas umas às outras, formam os desenhos por completo.
Batique:
De origem javanesa, o batique é executado com a aplicação de uma cera que faz o papel de "contorno" ou "reserva" em determinadas áreas dos tecidos. A cera derretida pode ser aplicada manualmente com a utilização de ferramentas adequadas ou, ainda, colocadas num carimbo com contornos côncavos e depois transferida para o tecido por pressão. Depois da área ter sido reservada, a aplicação das cores é bem cuidadosa e feita manualmente inúmeras vezes, já que a cada nova aplicação de cor outras áreas devem ser reservadas. No final do processo - ou entre as etapas - o tecido é lavado e a cera retirada.
Blocos:
Técnica milenar, consiste na preparação de blocos de maneira em alto-relevo à maneira de carimbos. Eles são entintados e colocados na disposição adequada sobre os tecidos, pressionados. Os chintz indianos eram produzidos antes do século XV com essa técnica que, mais tarde, evoluiu e chegou a ser mecanizada. Os blocos podem ser também de outros materiais, como metais e borrachas.
Estêncil:
Técnica muito antiga identificada em fragmentos de vestes dos fenícios, é possível graças à execução de "moldes vazados". Com a utilização de diferentes tipos de materiais, como papéis e plásticos em geral, as lâminas são recortadas e as áreas que se pretendem colorir, vazadas. Para cada lâmina corresponde uma cor e, sobrepostas umas às outras, formam os desenhos por completo.
Batique:
De origem javanesa, o batique é executado com a aplicação de uma cera que faz o papel de "contorno" ou "reserva" em determinadas áreas dos tecidos. A cera derretida pode ser aplicada manualmente com a utilização de ferramentas adequadas ou, ainda, colocadas num carimbo com contornos côncavos e depois transferida para o tecido por pressão. Depois da área ter sido reservada, a aplicação das cores é bem cuidadosa e feita manualmente inúmeras vezes, já que a cada nova aplicação de cor outras áreas devem ser reservadas. No final do processo - ou entre as etapas - o tecido é lavado e a cera retirada.
Serigrafia:
Técnica que equivale ao que atualmente chamamos de silk-screen, nela, um tecido
com trama bem fina é esticado em um bastidor e determinadas áreas são
reservadas com substâncias de vedação (como gomas). Colocando-se o bastidor
sobre o tecido a ser estampado e passando com o auxílio de um rodo a tinta
sobre ele, as áreas reservadas não permitirão a passagem da tinta para o tecido.
Repetindo este processo cor a cor, o desenho a ser estampado vai sendo formado.
MECANIZADA
Perrotine
Em 1834, um francês chamado Perrot inventou um sistema mecanizado de impressão com o uso de blocos que ficou conhecido por perrotine.
A máquina nunca foi muito popular na Inglaterra porque na mesma década um inglês desenvolveu outro equipamento mais eficiente (impressão por cilindros). Assim mesmo este equipamento incrementou a produção em 250% com um excelente registro de cores, já que toda a largura do tecido era impressa simultaneamente. A maior desvantagem continuava a ser a limitação do rapport (5,5"), devido à largura dos blocos.
Cilindros de cobre
A partir princípio do processo de gravação denominado intaglio, isto é, quando o desenho e gravado em baixo-relevo numa chapa de cobre, desenvolveram-se os cilindros de cobre para a impressão de tecidos. No século XVII estas máquinas foram usadas para a impressão de algodão e seda.
O desenvolvimento deste equipamento e de seu uso para os tecidos envolve muitas etapas e conquistas, de maneira que não tem uma data precisa. Ao redor de 1750, se dá o seu apogeu com a sua utilização para a produção dos "Toiles de Jouy" por Oberkampf.
Cilindro gravado
Invenção atribuída ao escochês Thomas Bell que a patenteou em 1783, caracteriza-se pela transferência da cor do depósito de tinta por um cilindro entintado para o alto relevo do cilindro gravado, de maneira que não há a necessidade de se retirar o excesso de tinta do cilindro. O tecido é impresso por pressão, quando passa entre o cilindro gravado já entintado e o tambor da máquina. Esta máquina foi a primeira a trabalhar com muitas cores de maneira muito precisa.
Serigrafia
Alguns dizem que sua origem está na estampilha (estêncil), mas a técnica só foi desenvolvida nos EUA na década de 1920. Consiste na execução de um quadro no qual se estira uma gaze muito fina e, áreas previamente vedadas ou vazadas, permitem ou não a passagem da tinta para o tecido, por meio de pressão feita com um sistema de rodos. Inicialmente manual, este processo foi mecanizado em máquinas que movimentam os quadros e rodos.
Cilindros micro perfurados
Uma junção das máquinas cilíndricas com o princípio da serigrafia, nestes equipamentos a tinta é depositada no interior do cilindro que teve áreas previamente vedadas ou liberadas por processos fotomecânicos.
Em 1834, um francês chamado Perrot inventou um sistema mecanizado de impressão com o uso de blocos que ficou conhecido por perrotine.
A máquina nunca foi muito popular na Inglaterra porque na mesma década um inglês desenvolveu outro equipamento mais eficiente (impressão por cilindros). Assim mesmo este equipamento incrementou a produção em 250% com um excelente registro de cores, já que toda a largura do tecido era impressa simultaneamente. A maior desvantagem continuava a ser a limitação do rapport (5,5"), devido à largura dos blocos.
Cilindros de cobre
A partir princípio do processo de gravação denominado intaglio, isto é, quando o desenho e gravado em baixo-relevo numa chapa de cobre, desenvolveram-se os cilindros de cobre para a impressão de tecidos. No século XVII estas máquinas foram usadas para a impressão de algodão e seda.
O desenvolvimento deste equipamento e de seu uso para os tecidos envolve muitas etapas e conquistas, de maneira que não tem uma data precisa. Ao redor de 1750, se dá o seu apogeu com a sua utilização para a produção dos "Toiles de Jouy" por Oberkampf.
Cilindro gravado
Invenção atribuída ao escochês Thomas Bell que a patenteou em 1783, caracteriza-se pela transferência da cor do depósito de tinta por um cilindro entintado para o alto relevo do cilindro gravado, de maneira que não há a necessidade de se retirar o excesso de tinta do cilindro. O tecido é impresso por pressão, quando passa entre o cilindro gravado já entintado e o tambor da máquina. Esta máquina foi a primeira a trabalhar com muitas cores de maneira muito precisa.
Serigrafia
Alguns dizem que sua origem está na estampilha (estêncil), mas a técnica só foi desenvolvida nos EUA na década de 1920. Consiste na execução de um quadro no qual se estira uma gaze muito fina e, áreas previamente vedadas ou vazadas, permitem ou não a passagem da tinta para o tecido, por meio de pressão feita com um sistema de rodos. Inicialmente manual, este processo foi mecanizado em máquinas que movimentam os quadros e rodos.
Cilindros micro perfurados
Uma junção das máquinas cilíndricas com o princípio da serigrafia, nestes equipamentos a tinta é depositada no interior do cilindro que teve áreas previamente vedadas ou liberadas por processos fotomecânicos.
DIGITAL
Estamparia digital:
É uma técnica relativamente recente, cujo princípio baseia-se na eliminação das matrizes de impressão.
Apesar da tecnologia de impressão digital ter sido apresentada publicamente ainda na década de 1990, foi apenas no século XXI que seu uso estendeu-se e sua produção começou a ser ampliada.
O princípio de funcionamento da estamparia digital é o mesmo das impressoras de cabeçotes caseiras. Um equipamento de interpretação de imagem acoplado à impressora, recebe os dados de impressão (a imagem) e os cartuchos de tintas depositam as cores sobre o tecido conforme o desenho.
Além dos cartuchos CMYK (cyan, magenta, yellow e black), muitas impressoras possuem outros cartuchos complementares que variam conforme o fabricante do equipamento. Esse recurso serve para melhorar a qualidade e a quantidade das tonalidades que podem ser obtidas no sistema de policromia.
Os equipamentos de impressão digital são bastante diferentes das máquinas precedentes. Por essa razão, foram desenvolvidos, também, equipamentos de pré e pós-impressão que auxiliam na obtenção de uma melhor qualidade de impressão, preparando o tecido para receber o corante ou pigmento e, também, auxiliando na fixação da cor após a impressão.
Os equipamentos de impressão digitais permitem que o desenho obtido tenha
raporte ilimitado, grande número de cores, encaixe perfeito e muitos outros
benefícios criativos. Além disso, são mais econômicos em termos de consumo de
insumos, energia, água e mão de obra.É uma técnica relativamente recente, cujo princípio baseia-se na eliminação das matrizes de impressão.
Apesar da tecnologia de impressão digital ter sido apresentada publicamente ainda na década de 1990, foi apenas no século XXI que seu uso estendeu-se e sua produção começou a ser ampliada.
O princípio de funcionamento da estamparia digital é o mesmo das impressoras de cabeçotes caseiras. Um equipamento de interpretação de imagem acoplado à impressora, recebe os dados de impressão (a imagem) e os cartuchos de tintas depositam as cores sobre o tecido conforme o desenho.
Além dos cartuchos CMYK (cyan, magenta, yellow e black), muitas impressoras possuem outros cartuchos complementares que variam conforme o fabricante do equipamento. Esse recurso serve para melhorar a qualidade e a quantidade das tonalidades que podem ser obtidas no sistema de policromia.
Os equipamentos de impressão digital são bastante diferentes das máquinas precedentes. Por essa razão, foram desenvolvidos, também, equipamentos de pré e pós-impressão que auxiliam na obtenção de uma melhor qualidade de impressão, preparando o tecido para receber o corante ou pigmento e, também, auxiliando na fixação da cor após a impressão.
A estamparia digital representa grande avanço na tecnologia de impressão de tecidos e, além de ser utilizada para o vestuário, tem sido muito usada na área de decoração e sinalização
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