sábado, 31 de agosto de 2013

Você acredita em reencarnação?


 

Se você fizesse essa pergunta em muitos países do oriente, principalmente no extremo oriente, é provável que eles fossem reagir com estranheza, pois lá a reencarnação é uma crença religiosa profundamente arraigada e cultivada pelas religiões hindu, budista e jainista. No entanto, na cultura ocidental, não aceitar a tese da reencarnação é natural, pois somos muito pragmáticos, vivemos numa sociedade tecnicista, materialista e cartesiana, e até mesmo cética para aceitar uma crença sem uma evidência mais concreta.

No entanto, uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, (Inglaterra), encomendada pela Igreja Anglicana, afirma que cerca de 4 bilhões de pessoas, ou seja, dois terços da população da Terra crêem na reencarnação.
 
No Brasil, a maior nação católica e também a mais espírita do mundo, há uma diversidade que demonstra as contraposições entre os que acreditam e os que não acreditam na reencarnação. Pelo menos no meu consultório, com exceção dos evangélicos, que normalmente não acreditam na pluralidade da alma, e, por conta disso, é muito raro me procurarem, minha clientela é constituída por pessoas que se dizem católicas, espíritas, budistas ou mesmo indivíduos que não têm nenhuma religião, que se intitulam espiritualistas ou universalistas.

Quero ressaltar, entretanto, que a reencarnação não é um privilégio exclusivo dos espíritas, como muitos ainda crêem, pois ela é universal, ou seja, muitos povos primitivos, o xamanismo, a religião wicca das bruxas, o budismo, o xintoísmo, o judaísmo, o hinduísmo, os antigos sacerdotes egípcios, os filósofos ocidentais como Sócrates, Platão, Pitágoras, Kant, Schopenhauer, Voltaire, Nietzsche, William James, Emerson, Bernard Shaw, todos concordavam com a teoria da reencarnação.
                             
Mesmo na Igreja Católica, até o Concílio de Constantinopla, ocorrido no ano 553 d.C., a Igreja Cristã primitiva aceitava a reencarnação, mas o Imperador Justiniano, influenciado por sua esposa Teodora, conclamou o Concílio de Constantinopla, convidando apenas os bispos não reencarnacionistas, e decretou que a reencarnação não existia, substituindo-a pelo termo ressurreição.
Na ocasião, o Papa Virgílio protestou, se recusando a participar desse Concílio e, com sua recusa, foi preso e mantido prisioneiro de Justiniano por 8 longos anos.

A TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual, como um novo método de autoconhecimento e cura, criado por mim, defende também a tese da reencarnação em sua aplicação terapêutica, pois entende que a causa do(s) problema(s) do paciente se origina nessa vida (infância, nascimento ou útero materno), num percentual de 10%, sendo que 90% advêm de uma causa mais remota, em encarnações passadas. Portanto, em sua maioria, muitos dos problemas psíquicos, de relacionamentos interpessoais e orgânicos, cuja causa a medicina oficial não encontra, são problemas antigos que, em muitos casos, vêm se arrastando em várias encarnações, inclusive nesta.

Desta forma, a TRE defende um novo Paradigma, um novo modelo de tratamento que abrange o ser humano em sua totalidade: mente corpo e espírito, pois o Paradigma científico materialista vigente da Psicologia e Psiquiatria desconsidera o aspecto espiritual, vendo a pessoa apenas como um ser orgânico, bioquímico e não fundamentalmente um ser espiritual em evolução. Em vista disso, se o paciente estiver sofrendo um desequilíbrio físico e/ou emocional, fruto de uma perseguição de um espírito obsessor (ser desencarnado, desafeto do paciente que foi prejudicado por ele numa vida passada), não irá adiantar tratá-lo só com medicamentos e internações. É o que ocorre lamentavelmente com milhões de pacientes, em todo o mundo, que são submetidos até a eletrochoque de 110 volts e, o pior, à lobotomia (intervenção cirúrgica com a retirada de uma parte do cérebro), prática amplamente utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia, neurose obsessiva, ansiedade crônica ou depressão profunda prolongada. Era utilizada quando todos os tratamentos se revelavam ineficazes. Hoje em dia, felizmente, ela não é mais praticada devido aos efeitos secundários severos nos pacientes, além de mostrar sua ineficiência em curar verdadeiramente a alma humana.

Quero esclarecer também ao leitor, que a TRE não partiu de nenhum pressuposto teórico, filosófico ou religioso, sendo, portanto, uma terapia independente, desvinculada de qualquer instituição religiosa, doutrina, seita ou grupos. Nasceu sim da observação sistemática das experiências com meus pacientes em mais de 7000 sessões de regressão de memória, as quais conduzi em meu consultório. Posso afirmar com absoluta confiança que essa terapia se destaca por sua eficiência e brevidade.
 
Finalizo esse artigo, dizendo que a prova mais contundente (entre outras, descritas pelos pesquisadores científicos) da existência da reencarnação, ou seja, de que não estamos aqui nesse planeta pela primeira vez, é quando um espírito obsessor vem à sessão de regressão com ódio, acusando o paciente do mal que este lhe causou no passado. Na minha estatística, em 95% dos pacientes que vêm ao meu consultório, se a causa espiritual obsessora não for a principal na gênese de seu(s) problema(s), é sempre um fator agravante, sendo que apenas em 5% a causa é puramente de cunho psicológico, não havendo, portanto, nenhuma interferência espiritual.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Vinte e dois toques conscienciais



(Ponderações Espiritualistas, Simples e Despretensiosas)

1. Tudo tem um duplo!
(A energia é a base de todas as coisas).

2. Emoções estagnadas bloqueiam a circulação sadia das energias.
(Má resolução afetiva = Bloqueios energéticos e Chacra cardíaco esmaecido).

3. As energias seguem os pensamentos.
(Cada um é o que pensa!)

4. Se a mágoa prende as energias, o oposto também é verdadeiro; o perdão libera as energias e faz o coração virar um sol.
(A compreensão enche a aura de luz).

5. Fios energéticos interligam as pessoas. Às vezes, espíritos densos se agarram nesses fios e interagem com as energias, conectando-se psiquicamente com aqueles que estão interligados. Muitas vezes, através dos acoplamentos áuricos negativos entre pessoas, espíritos densos interligam-se a elas e fazem um verdadeiro trampolim energético, pulando de uma para outra. O objetivo desse pessoal pesado é sempre o vampirismo psíquico e o rebaixamento espiritual de todos.
(Por isso o sábio Jesus ensinava que é preciso "orar e vigiar!").

6. De que adianta uma vestimenta luxuosa, se, por dentro, o coração está miserável?
(A verdadeira roupa do Ser é sua aura, que reflete bem o que cada um pensa, sente e quer da vida e dos outros. Por isso, é essencial encher a aura de luz, diariamente, e lembrar-se da própria natureza espiritual).

7. Da mesma forma que é necessária e vital a higiene diária do corpo físico, assim também é em relação aos corpos sutis.
(Preces, meditações, mantras, contato com a natureza, estudos e práticas espirituais sadias renovam as energias dos corpos sutis e tornam a aura uma verdadeira "vestimenta de luz").

8. Espíritos assediadores não ligam a mínima para a formação acadêmica de ninguém. Eles entram nas energias das pessoas por sintonia com o que elas pensam, sentem e fazem na vida. Não lhes interessa o diploma ou a cultura da vítima de seu vampirismo, pois sempre procuram nela o clima psíquico interno adequado para suas atividades nefandas.
(Esse é um paradoxo curioso: espíritos infelizes, sem formação alguma, conseguem infligir grandes danos psíquicos em técnicos e doutores de várias áreas humanas, simplesmente explorando neles o mais básico: suas emoções mal-resolvidas e seus pensamentos estranhos).

9. De nada adianta alguém dizer que é do raio azul ou dourado, ou evocar a chama violeta, se suas atitudes são trevosas e desprovidas de luz e bondade. Cada um atrai para si mesmo aquilo que projetou e desejou em sua própria mente.
(Ditado hermético: "Quem quer mais luz, que seja luz!").

10. Outros paradoxos estranhos: médiuns com medo de espíritos desencarnados; iogues que trabalham com práticas respiratórias, mas que são escravos do fumo; doutrinadores de sessões de desobsessão, que sequer doutrinaram a si mesmos e jamais fazem o que dizem aos espíritos, principalmente perdoar a alguém; passistas, curadores prânicos e reikianos andando no mundo com os chacras das mãos apagados; projetores extrafísicos com medo das saídas do corpo; e espiritualistas variados que sempre falam de vida após a morte, mas não deixam de chorar e visitar tumbas no cemitério no dia de finados.
(E, mais um paradoxo, que nunca consegui entender: estudantes espirituais, de várias linhas, que estudam sobre carma e reencarnação, mas ainda padecem da doença do racismo e do preconceito em seus corações).

11. Ninguém é dono da verdade, mas tem gente que acha que sabe tudo!
E isso só revela o seguinte: dentro da magnitude da vida, em todos os níveis, planos e dimensões, quanto mais se estuda, mais dúvidas aparecem, pois se percebe, claramente, que o que se sabe é bem pouco diante do infinito. Logo, quem estuda a sério e com discernimento das coisas, descobre o óbvio: nunca saberá o bastante, nem em mil vidas...
Em contrapartida, pode descobrir a si mesmo e admirar-se com a grandeza da vida, e isso é mais importante do que os segredos do universo.
(Conhecer a si mesmo é o grande desafio do ser humano).

12. Alguém pode comprar o amor verdadeiro de outro? E que coisa da Terra poderá preencher o vazio existencial do coração?
(Nem bebida nem drogas são capazes de dar o que o próprio coração não descobriu: a arte de ser feliz).

13. Nenhum ser no universo pode dar discernimento a outro. Isso é tarefa íntima e intransferível. É fruto da própria experiência de ousar raciocinar e se erguer para além dos limites sensoriais e dos convencionalismos humanos. Não há nenhuma técnica de despertar da consciência que seja baseada na preguiça e no comodismo.
(Seres de luz podem dar toques conscienciais profundos, mas não podem viver a vida por ninguém).

14. A morte não muda ninguém, só joga a consciência definitivamente para fora do corpo físico, do jeitinho que ela é mesmo, com todas as suas qualidades e defeitos.
(Não, não é a morte que muda a consciência. É a vida. E quem já descobriu isso, não espera a morte chegar para pensar, pois valoriza o tempo de seu viver para aprender o que for possível).

15. A cor da pele dos corpos humanos pode ser amarela, negra, branca ou vermelha, mas a raça do espírito é da luz.
(Qual seria o povo escolhido de Deus, senão todos os seres vivos?).

16. Mais do que ocidental ou oriental, cada ser humano é filho das estrelas.
(Ninguém é estranho. Todo ser vivo é cidadão do universo!).

17. Dizem que "Deus escreve certo por linhas tortas". Isso é verdade. Ele é muito criativo. Mas bem que o próprio homem poderia escrever melhor nas páginas de sua vida...
(Também dizem por aí que "pau que nasce torto, vive e morre torto". Isso não é verdade. Uma das grandezas do homem é poder mudar as coisas e transcender os seus parâmetros limitados. Muitas pessoas mudam de vida e se erguem das cinzas de si mesmas, desentortando a própria consciência e melhorando suas jornadas de vida).

18. Amar não é só fantasiar, mas construir e realizar.
(Igual a uma plantinha, um relacionamento precisa ser regado com amor e atenção, senão seca e morre).

19. Envelhecer não é um problema, faz parte do jogo de viver na Terra. É natural.
Porém ver o tempo passar e somente ganhar rugas na cara, sem amadurecer, isso sim é encrenca!
(Há pessoas de idade com expressões joviais no rosto e cheias de vida e de interesse por coisas novas. Em contrapartida, há jovens com expressões envelhecidas e sem tesão de viver. Então, qual é a idade real de alguém? Aquela que se conta no corpo? Ou aquela outra, bem mais linda, que não se conta nas rugas ou nos cabelos brancos, mas no interesse pela vida e no sorriso franco, como a aurora iluminando a cara?
Ah, tem tanta gente de idade que parece criança arteira e, por isso, não parece ter idade alguma, a não ser aquela que sua consciência feliz diz.
E tem tanta gente, supostamente jovem, mais parecendo "fim de feira", chupada e jogada de lado, sem sonhos e sem vida, só ganhando rugas e sem aurora na cara.
Quem é o velho? Quem é o novo?
Ou, melhor dizendo, quem tem brilho na cara?).

20. A melhor fogueira é a do discernimento, que queima as tolices de dentro do próprio coração.
(Talvez, por isso, Jesus tenha ensinado o seguinte: "De que vale a uma pessoa ganhar o mundo, se ela perder sua alma?").

21. Séculos antes de Buda e Jesus, Krishna já ensinava que "o espírito é eterno, não nasce e nem morre, só entra e sai dos corpos perecíveis".
(Será por isso que, toda vez que passo em frente a um cemitério e olho os grandes mausoléus, começo a rir e a lembrar-me de Krishna tocando sua flauta, namorando as gopis e dizendo para Arjuna, o seu discípulo-arqueiro: "O espírito é imperecível! O fogo não pode queimá-lo; a água não pode molhá-lo; e que arma feita pelo homem poderia destruir o princípio imperecível, que veio da Luz do Infinito"?

22. A missão de todo homem é uma só: viver! E, se puder, fazer o melhor possível.
(Talvez, por isso, o grande sábio chinês Lao-Tzé ensinou o seguinte: "O sábio pode até andar vestido em andrajos, mas ele carrega uma jóia dentro do seu coração").

P.S.: Escrevi esses toques conscienciais de forma despretensiosa e informal, de improviso mesmo, enquanto preparava o material de um curso aqui em casa. Fui escrevendo... E deu nisso!
Oxalá, os leitores possam peneirar algo bom nessas ponderações conscienciais.
E eu desejo que a cara de cada um vire sol, na aurora de um sorriso...
E que um Grande Amor possa preencher seus corações...

Compreensão e discernimento.
Amor e alegria.
Energias lindas na jornada.
Paz e Luz.


Wagner Borges é pesquisador,
conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia
e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Onde está a nossa Alma?




Depois de muitos anos de busca, finalmente, consegui compreender o que é e onde se encontra nossa Alma (ânima), fundamental para uma existência espiritual, portanto pacífica e feliz.
O mestre que me proporcionou tal compreensão? O filósofo espanhol Baruch de Espinosa.

Até onde consegui alcançar Espinosa, sinto no coração que a Alma é uma potência pensante, que compartilha com o corpo físico, o interesse pela existência divina e por tudo quanto contribua para mantê-la.

As percepções do corpo físico são imagens que, na Alma, se realizam como idéias afetivas ou sentimentos. Assim, a relação originária da Alma com o corpo e de ambos com o mundo é a relação afetiva. Ou seja, para que a Alma se manifeste é preciso haver afeto.

Ao mesmo tempo, a Alma, com seu poder da atividade pensante, atua como um canal de comunicação entre o corpo e o espírito, tornando possível um Ser Animado (com ânima), onde o corpo físico percebe (com seus cinco sentidos físicos e os demais sentidos metafísicos possibilitados pela presença efetiva da Alma), receber (perceber) as informações da fonte: criação, inspiração, amparo, amor e luz, que resulta em leveza, bom-humor, gratidão, amor e evolução compartilhada: estado de Graça.
Um Ser Animado significa aquele que vive afetiva e efetivamente no mundo da realidade, do estar presente, do uso equilibrado do seu poder pensante:

Pensamento racional (lógico) <<->> pensamento espontâneo (intuitivo)

Um ser desanimado (sem ânima) significa aquele que vive no mundo da ilusão ou imaginação, fora da realidade, percebendo o mundo com todas as distorções provocadas pelas interferências (chiados) que os altos e baixos da polarização dos pensamentos em si e, do liga-desliga racional ou intuitivo, que resulta em densidade, medo, ansiedade, angústia e desilusão. Neste caso, segundo Espinosa, a Alma se perde no corpo físico desanimado e doente: de corpo e Alma.
Mas, a boa nova: desintoxicar-se é um ato 100% espiritual porque purifica corpo físico e Alma: assim todos os corpos. Tal limpeza, celular e vibracional, torna a comunicação entre órgãos e sistemas muito mais harmoniosos e sana mais precisam e amorosa: cúmplice e afetiva.
Com o novo fluxo de eletricidade e vitalidade proporcionado pelos sucos verdes e vivos, as formas de pensamento (descritas a seguir) tornam-se acordadas e alertas: percepção com maior clareza e lucidez.

Busquei colocar numa figura o lugar em que, no corpo mental, localiza-se a Alma, coincidência ou não, o mesmo em que encontramos a afetividade, o bom-humor e o riso.


Lembrando que a irradiação da Criação alcança primeiro o Espírito, que estará mais próximo (elevada frequência vibratória) ou distante (frequência vibratória mais densa) da Fonte em função do seu grau de Evolução. Uma vez recebida toda a informação evolutiva (a irradiação é constante, não dependendo de tempo ou espaço), ela é irradiada para a sua Alma ou poder pensante.

Se houver poder pensante, ou seja, ânima, equilíbrio psicoemocional, presença no mundo real, as condições de assimilação pelo CORAÇÃO serão as ideais, que se encarregará de irrigar /irradiar as informações evolutivas para todas as células, órgãos e sistemas do organismo vivo.

Leia também: A Doença é um Mestre - Parte 1;
Alimentação Desintoxicante x Inteligência Emocional
Espinosa - uma filosofia da liberdade - Marilena Chauí - Editora Moderna

Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas
voltados para o bem-estar e qualidade de vida.
:: Conceição Trucom ::





quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Budismo




Há coisas que não se explicam.
Coisas do coração.
Algo que não se explica, só se sente.
E que meras palavras não podem descrever.
E, realmente, eu não sei mais o que dizer.
Ah, esses olhos cheios de compaixão...
Eu os vejo, com meu coração.
Como vejo o olhar de um grande amigo, por entre os planos.
E ele ri, e me diz: Consciência cósmica é sorriso; é estar em paz, primeiro consigo mesmo, para estar bem com todos. Por isso, os Budas riem como crianças. Eles amam e permitem ser amados.
Meu amigo, a grande revolução é silenciosa e se dá dentro do próprio Ser; é quando o pequeno eu se dissolve na luz de um grande amor. Então, somem as palavras, e só ficam as lágrimas de compaixão a favor do bem de todos.
Os Budas são UNI PAZ  E tudo é milagre na existência. E a risada é o maior dos presentes. E a vida continua...
Enquanto a noite cai na grande metrópole, trazendo o frio de junho, eu me pego quietinho e tímido, mais uma vez, pensando nos Budas, no meu amigo que partiu há algum tempo, e no bem de todos os seres.
Sim, a noite está fria, mas eu sinto um grande amor aquecendo-me, por dentro... Porque eu vejo olhos de compaixão silenciosa, com meu coração.
E o milagre da vida continua, em todos os planos de manifestação...

- Dedicado ao meu amigo Pierre Weil, e ao mestre budista Chagdud Tulku Rimpoche.

Pelo bem de todos os seres, Paz e Luz.
Om Mani Padme Hum*!


- Wagner Borges -

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Campo Mental - Pensamento e Sintonia





“O pensamento, dizíamos, é criador”.
“Não atua somente ao redor de nós, influenciando os nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós, geram nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura".

Quando pensamos, expressamos sempre as idéias que aceitamos como reais para nós e que habitam nosso campo íntimo. Assim sendo, criamos em torno de nós um campo próprio de vibrações mentais, que vão identificar o teor de nossos pensamentos. Campo mental é onde situamos nossa consciência, dentro da faixa evolutiva onde nos encontramos. É nas horas de aflição que demonstramos onde o situamos e quais as forças e sentimentos que cativam os refolhos mais íntimos de nossa alma.

Vivendo em faixas vibratórias diversas, de acordo com a evolução espiritual que já alcançamos, sintonizaremos nossos desejos e sentimentos de acordo com ela. Os pensamentos que emitimos e os que absorvemos fazem-nos respirar o clima psíquico com o qual nos rodeamos, criando o nosso próprio céu ou inferno particulares. Nossa mente é assim como se fosse à cabine de comando de nosso Espírito, e nela refletimos nossos desejos, sentimentos e vontades. 

E, de acordo com a faixa vibratória onde nos situarmos, os pensamentos que emitirmos poderão nos dar força, nos alimentar de otimismo e alegria ou nos deprimir e anular nossa vontade de viver. É através da mente, seja em que plano estivermos, que nos renovamos e crescemos para a compreensão maior da vida. Em momentos de grande sofrimento, nossas reações dependerão de onde conseguirmos situar nosso campo mental.

Se nossa consciência está muito presa à matéria e às emoções desregradas, poderemos ficar bastante desesperados se perdermos um ente amado pela morte ou pelo fim de um relacionamento. Geralmente, sofremos mais por causa de nossa atitude mental do que pelo problema em si. Falta-nos a identificação com os propósitos superiores para que possamos sair de nosso campo mental restrito e termos o domínio necessário para enfrentar os sofrimentos e reveses da vida com mais discernimento, calma e resignação.

Nossa mente está constantemente recebendo e emitindo vibrações, sejam boas ou más. Por meio delas é que nos ligamos a mentes encarnadas e desencarnadas que se situam na mesma faixa onde vibramos e tanto pode nos ajudar como nos prejudicar. Sabedores de que somos propensos ao recebimento de energias, positivas ou negativas, que conosco interagem, precisamos de muito cuidado quando nos ligarmos a uma ideia obsessiva, principalmente, se ela for de teor negativo.  Precisamos sair da faixa vibratória dos pensamentos negativos de rancor, egoísmo e desamor para com o próximo.

Quando expressamos um pensamento em que acreditamos, ele cria força e pode, inclusive, influenciar outras pessoas, se elas estiverem sintonizadas na faixa vibratória em que eles forem emitidos. Podemos também, do mesmo modo, sermos influenciados pelas "ideias" dos outros, e refleti-las através de correntes mentais para todos que estejam na mesma sintonia e vibrem com os mesmos propósitos. Daí a necessidade do "orai e vigiai".

Por projetarmos nossos desejos mais íntimos através do pensamento e nos rodearmos de mentes que conosco interagem, assimilando nossas ideias ou repelindo nosso modo de pensar, precisamos, em nossa atividade mental, de todo o cuidado e discernimento para escolhermos a quais objetivos nos ligaremos e que poderão fazer parte de nosso campo mental. Nossas mais simples atividades diárias poderão ensejar a ligação mental com mentes que transitem e estejam situadas na mesma faixa de vibração.

O teor de nossas conversas, o que lemos, assistiu na televisão, são atividades que podem induzir a ligação com mentes situadas numa determinada faixa de vibração e que poderão nos influenciar positiva ou negativamente. Pensar fixamente ou falar constantemente em algo desagradável pode projetar para outros e atrair para nós as mesmas coisas que criamos e podemos, então, ficarem sujeitos a todas as consequências que essa influência recíproca pode provocar.

Então, como responsáveis pelos pensamentos que abrigamos em nosso íntimo e por nos ligarmos às mentes que vibram uníssonas com a nossa, precisamos vigiar nosso íntimo para adquirirmos um ambiente psíquico melhor e conseguir romper as barreiras que nos prendem a determinadas faixas vibratórias que impedem o nosso desenvolvimento espiritual. Nosso esforço é importante para construir, com o conteúdo de nossos pensamentos, um campo mental mais propício para o nosso ser.

Quando aceitamos uma ideia má como verdadeira em nosso íntimo, estaremos nos ligando, pelo processo de assimilação de ideias, às mentes que transitam na mesma faixa vibratória e que podem reforçar com tão grande teor de negatividade essa ideia, que as consequências podem ser imprevisíveis para todos os envolvidos. Uma má ideia só persiste em nós pela aceitação que fazemos dela em nosso íntimo e pelas ligações que estabelecemos com mentes sintonizadas na mesma faixa vibratória.

Precisamos exercitar a vontade para ultrapassarmos as circunstâncias negativas, já que a assimilação das ideias más é que nos fazem ficar presos a ela. Para situar nosso campo mental em níveis mais elevados, é fundamental procurarmos o conhecimento, pois só através da percepção real do que nos rodeia e que interfere em nossas ações, é que desenvolveremos o raciocínio e o discernimento, condições indispensáveis para situarmos nossa mente em outras faixas.

Vamos tentar modificar nosso campo mental, elevando o teor de nossos desejos, pensamentos e ações, para que possamos sair das pesadas faixas de vibração onde transitam mentes encarnadas e desencarnadas presas a pensamentos e ações infelizes que nos atrelam, obrigando-nos a caminhar por um bom tempo presos a ideias e atitudes que impedem nosso crescimento espiritual.

Paz e Luz a todos.
Guilhermina Batista Cruz



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Aprenda a se amar!

É preciso aprender a identificar cada sentimento, sabendo o que sente e depois respeitar estes mesmos sentimentos e não desprezá-los. Não nos respeitamos e depois reclamamos que os outros não nos respeitam. Quantas vezes você sentiu algo e ignorou este sentimento para você mesmo? Geralmente isto acontece porque durante a vida, as pessoas tidas como significativas, ignoraram suas reais necessidades emocionais e com o tempo você aprendeu a fazer o mesmo. Por que desprezaram sua dor, você vai fazer igual? Pare com esse círculo vicioso. Olhe para dentro de você. Não como quem olha no espelho, superficialmente e tentando encontrar algum defeito, e porque até neste momento a imagem refletida é invertida. Olhe de verdade para dentro de seu ser, de sua alma. Deixe o medo de lado, pois ele não permite que você cresça. Enfrente-o e acredite que irá descobrir muitas qualidades que talvez ninguém reconheça, mas que há dentro de você. E se encontrar defeitos, quem não os têm? Olhe para eles com carinho, para mudar cada um, se quiser.


Transforme este momento no que podemos chamar verdadeiramente de crescimento, evolução. Liberte-se das necessidades não supridas de amor, aprovação, reconhecimento e saiba que só você pode se aprovar. Aprenda a se abraçar, se respeitar, se aceitar, se amar. Dê a si mesmo todo o amor que espera receber de alguém, pois só assim você poderá realmente ser amado e amar. Liberte-se das culpas, perdoe e perdoe-se! Liberte-se também das mágoas e dos ressentimentos do passado que só aprisionam e machucam tanto.





Você já reparou que por vezes queremos abraçar o mundo, quando na verdade não conseguimos abraçar a nós mesmos? Qual foi a última vez que você se abraçou?... Queremos cuidar de todos, enquanto não conseguimos, ou não sabemos, cuidar de nós e nem daqueles que amamos.
Quando não recebemos amor e atenção de nossos genitores da forma que desejávamos na infância, passamos a vida em busca deste amor em forma de reconhecimento e aprovação. Esperamos sempre, consciente ou inconscientemente, que alguém reconheça nosso valor e, quando não acontece, perdemos nosso referencial interno e também nossa auto-estima. Esperamos aprovação pelo que fazemos e, acima de tudo, pelo que somos e realizamos. E por não sermos reconhecidos, principalmente por pessoas significativas, deixamos de acreditar em nossa capacidade. Assim, passamos a buscar amor sempre no outro, e nunca dentro de nós. Esquecemos o quanto é essencial aprendermos a nos amar. Em alguns momentos, perdemos nosso amor-próprio e com ele nossa confiança, por isso a opinião dos outros se torna tão importante. Quantas vezes você disse a si mesmo do seu próprio amor? Quantas vezes você disse que se ama? Nunca? Pode ser! Mas sempre é tempo para começar.

Do mesmo modo que nosso físico precisa de água e comida, nossas emoções também precisam ser alimentadas. Mas estamos sempre esperando que o outro nos ame, nos abrace, que reconheça nosso valor, demonstre o quanto somos importantes, pois não nos sentimos capazes. Por que não nos amamos? Não nos aprovamos? Não nos sentimos importantes? Já pensou que se não nutrirmos estes sentimentos por nós mesmos, como podemos esperar que alguém o faça, e ainda mais, que faça melhor que nós? Por que desprezamos tanto nossa capacidade? Já pensou sobre isso?



Agora, com as mãos livres, faça o seguinte exercício: coloque sua mão direita sobre seu braço esquerdo e sua mão esquerda sobre seu braço direito. Pronto! Você está aprendendo a se abraçar. Abrace-se com carinho, fale do quanto você é capaz, do quanto você pode conquistar com seus próprios méritos. Fale do quanto acredita em você e, principalmente, do quanto você se ama. Fale que a partir de agora, só você mesmo pode aprovar ou não o que faz. Se ninguém o ama, você se ama. Se ninguém vibra com suas conquistas, você mais do que ninguém passará a valorizar e a celebrar cada uma delas.

Não espere mais que o "outro" venha salvá-lo, venha aprová-lo e reconhecer tudo de bom que você faz. Pare de colocar sua vida e seus sentimentos, que é tudo que você tem de mais valioso, nas mãos de alguém. É claro que você pode dividir tudo isso com alguém que seja muito especial e que o ame muito, do contrário, guarde tudo só para você.

Agora olhe para dentro de você, sem medo, para que possa se descobrir. Perceba sua essência, deixe brilhar sua luz, pois só assim encontrará paz e poderá valorizar sua maior dádiva: sua vida neste momento presente! Afinal, o passado já se foi... e o amanhã, ah, o amanhã! Quem saberá? Por isso, a hora de começar é agora, faça seu melhor já! Comece irradiando amor... primeiro por você, depois poderá contagiar aqueles que ama.

: Ros:emeire Zago ::



domingo, 25 de agosto de 2013

Põe pra fora!


Como é para você falar sobre o que sente?

Todos nós temos um pouco de dificuldade em lidar com nossos sentimentos. Tudo começa quando ainda somos crianças. Naquela época, raramente tínhamos alguém que nos desse apoio para que pudéssemos demonstrar sentimentos como raiva, ciúme, inveja, vergonha.
Em muitos casos, nem chorar era permitido. E com isso, muitas pessoas aprenderam logo cedo a engolir suas lágrimas e sentimentos. Ensinavam-nos, com raríssimas exceções, que nada devíamos demonstrar, e aos poucos aprendemos a reprimir o que sentimos.

Quando não tivemos quem nos ajudasse a lamentar nossos momentos de dor, solidão, tristeza, acabou por bloquear, reprimir para outras pessoas e para nós mesmos, tudo aquilo que sentimos.
Queremos ser fortes e conseguimos, mas só nós sabemos qual o preço que pagamos.

Com o tempo, começamos a perceber que tudo aquilo que por anos ficou muito bem guardado, começa de alguma forma a pedir, para não dizer gritar, que precisa sair. É neste momento que inconscientemente criamos situações nas quais estes sentimentos possam ser experimentados novamente.

Quando vivemos situações de desprezo, rejeição, abandono, solidão, maus-tratos, quando criança e não havia quem pudesse suportá-los ao nosso lado, passamos a recriar situações e relacionamentos para podermos expressá-los aqueles mesmos sentimentos que foram reprimidos, com a fantasia inconsciente de resolver o trauma original.
Nem sempre recriamos as mesmas situações, mas sim qualquer situação que nos faça sentir os mesmos sentimentos.

Sentimentos de rejeição, abandono e abusos vividos durante a infância são os mais difíceis de serem superados. É como se registrássemos que não somos dignos de sermos amados, nem aceitos por aquilo que somos. Isso pode gerar muitas dificuldades nos relacionamentos, seja em forma de boicotes ou repetição de padrões, pela necessidade constante de aprovação e reconhecimento.
Por exemplo, uma pessoa que viveu situações de rejeição e abandono durante sua infância, pode buscar, é isso mesmo, buscar inconscientemente, situações que a façam se sentir abandonada e rejeitada. Se teve um pai e/ou mãe que a rejeitaram, foram ausentes, distantes, poderá fazê-la recriar relacionamentos com pessoas que a faça se sentir igualmente rejeitada e abandonada.
Isso pode parecer absurdo, mas nosso inconsciente faz exatamente isso mesmo, mas há uma intenção, que é nos libertar daqueles sentimentos que tanto machucaram e continuam a machucar, mesmo depois de muitos anos. Mas, para isso, é importante ter alguém com quem possa contar o que sentiu lamentar, e receber todo apoio que não recebeu na época que aconteceu.
Há pessoas que perderam pessoas significativas quando crianças e até hoje, já adultas, não choraram, nem elaboraram, e muito menos superaram essa dor.
Ser capaz de falar sobre a dor que sentimos significa que inconscientemente estamos dispostos a aceitar e superar o que nos aconteceu.
O que nem sempre é fácil, pois assusta, causa medo de sentir mais dor, o que faz com que as pessoas evitem tocar nestes assuntos, o que só causa mais dor. O fato de não falar sobre o que sentimos não nos isenta de senti-los.

Quando passamos uma vida sendo machucados e passamos por cima, ignorando como se nada tivesse acontecido, pois do contrário ficaríamos completamente sós, acabamos por permitir que outras pessoas nos machuquem mais e mais. Assim, perdemos o foco em nossa própria vida, deixando de nos ouvir para ouvir aos outros, deixamos de sermos nós mesmos para sermos quem gostariam que fôssemos, e é assim que nos perdemos de nossa essência, de quem somos verdadeiramente.

É preciso lembrar e ter consciência que se um dia alguém não o aceitou, o abandonou muitas outras lhe deram valor, gostam de você e estão ao seu lado. É preciso parar com essa busca incessante de aprovação, seja de quem for geralmente dos genitores, e que pode se estender por toda uma vida.
Do contrário, de vítima poderá se tornar em algoz de si mesmo.
Se a rejeição ainda está viva como se existisse no momento presente é porque de alguma forma você assim permite. Interrompa esse círculo vicioso de dor.

Libere este sentimento para que ele se dissolva e pare de te torturar. Hoje você não precisa mais passar pelas mesmas agressões, indiferença, desprezo, vergonha, humilhação, entre tantas outras situações que já vivenciou. Hoje você pode viver na harmonia, paz, tranquilidade, pois essa condição só depende de você.
Enquanto crianças não têm muitos recursos para nos defender, mas hoje adultos, podemos, e temos todo direito de sermos pessoas inteiras, felizes, sem implorar por carinho, apoio, compreensão, amor.
Com certeza, você deve ter muitos momentos agradáveis registrados em sua mente. Muitas palavras e atitudes de carinho. Traga isso para o momento presente. Por que se sentir desvalorizado, diminuído, inferior, rejeitado, por que uma pessoa não o aceitou ou demonstrou aquilo que você precisava? Por que não permitir que o amor de outras pessoas, que com certeza há ao seu redor chegue até seu coração? Quais são as pessoas que lhe demonstram amor, carinho, atenção, que lhe tratam com respeito, dignidade e consideração? Valorize essas pessoas, deixe que o amor que sentem por você seja muito maior que a rejeição e o desprezo que recebeu um dia. Você pode reagir, portanto, reaja!

A quem você gostaria de agradecer por uma palavra, um gesto, apoio, que um dia recebeu? Você já falou para essa pessoa o quanto lhe ajudou quando precisou? Por que não fazer isso agora? Dê um telefonema, escreva um e-mail, marque um almoço, jantar, um suco, um momento para falar da diferença que fez em sua vida. Você deixará essa pessoa feliz e você ficará mais ainda em saber que há pessoas com quem pode contar. Divida estes bons sentimentos com quem conseguiu fazer despertá-los dentro de você. A vida não pode ser contabilizada apenas de dor, mágoas, tristezas, mesmo que um dia existiram, elas podem ser substituída por alegria, paz, harmonia. Saber valorizar o que recebemos de bom e partilhar com quem nos faz sentir vivos, alegres, pode ser um antídoto contra a dor que nos fez um dia sentir. Solte essa dor, chore o que não chorou, procure quem possa ouvi-lo, só assim irá conseguir se libertar daquilo, que por mais que negue, ainda dói dentro de você.

Rosemeire Zago

sábado, 24 de agosto de 2013

Nosso vazio existencial de cada dia

     
    
O que está acontecendo nos nossos relacionamentos? O nosso problema está no fato da nossa vida ser vazia e de não conhecermos o amor; conhecemos sensações, conhecemos exigências sexuais, mas não há amor! E como se faz para transformar esse vazio, como encontrar essa chama sem fumaça? Esta é, por certo, a pergunta, não é?
Krishnamurti.

O ser humano busca o equilíbrio entre aquilo que é “seu ideal de relacionamento” e aquilo que é “possível conseguirem”. O problema é que temos como referência sempre o nosso ideal e acabamos nos lamentando, nos magoando diante daquilo que conseguimos, e não enfrentamos as situações reais e concretas.

Assim, todas as nossas ações estão nos levando ao auto isolamento que cria uma sensação de vazio, um sentimento frustrante. Vazios, procuramos nos preencher com internet, televisão, com tagarelices, com a leitura, com a aquisição de conhecimento, com a respeitabilidade, com dinheiro, com posição social e por aí afora. Mas tudo isso é parte do processo de isolamento e, portanto, o reforça.

Costumamos dizer que o problema está “na família”, que hoje as pessoas não valorizam esta instituição. Pode acontecer que “a família” ou “a falta dela” desencadeie alguns problemas em pessoas muito sensíveis, mas “o coração do problema está em cada um de nós, individualmente, que juntos, constituímos essa família”. Sabemos muito bem que a nossa existência tem pouco significado sem um propósito superior, sem um relacionamento edificante, sem compartilhar nossos ideais, sem caminhar pela vida com a certeza que iremos chegar ao fim dela já velhota, cercada de pessoas queridas ao nosso lado.

Vivemos a repetir frases e pensamentos de líderes religiosos, políticos ou intelectuais, como Cristo, Mário Quintana ou Nelson Mandela, mas como diz Krishnamurti, “somos apenas fitas gravadas que repetem, e damos a essa repetição o nome de conhecimento”. Aprendemos e repetimos, mas a nossa vida continua superficial e vazia.

Por quê? Por que os nossos relacionamentos são tão superficiais, estéreis e sem muito sentido? É esse o estado atual da vida da maioria: vida social intensa, muitos amigos, rótulos, posses, status, e vazio... Um grande vazio!

Como sair dessa solidão, desse vazio, dessa insuficiência, dessa pobreza interior?

Conhecemos esse vazio, esse sentimento de frustração porque existe em nós “superficialidade”, e só podemos compreender isso quando a abordamos por meio da “consciência dentro dos relacionamentos”. Na prática isso significa buscar primeiro um profundo autoconhecimento e, depois, procurar conhecer o outro. Isso, poucos desejam fazer, dá muito trabalho! A maioria fica satisfeita consigo mesmo, como se comporta; não procura ajuda para descobrir algo que possa melhorar a qualidade dos relacionamentos e prefere permanecer do mesmo jeito e nisso reside a verdadeira dificuldade...

Ou fazemos pior: "nas nossas fases de grande vazio existencial" vamos atrás de amores descartáveis e acabamos escolhendo qualquer relação, principalmente a que trouxer prazer imediato. Assim, para a maioria, a vida é um processo de isolamento, de resistência, de ajustamento a um padrão; e, naturalmente, nesse processo não há vida, existe só a sensação de vazio, de frustração.

Amar alguém é estar em comunhão com essa pessoa. E comunhão não significa perder a identidade, ao contrário, significa “estar unidos em essência, apesar das diferenças”, compartilhar a essência e compreender as diferenças, pois são exatamente elas que acabam com a nossa temida rotina. Porém, nós não conhecemos esse amor verdadeiro e buscamos algo novo, que nos satisfaça, que nos livre da solidão e do vazio. Uma nova segurança, uma nova maneira de nos relacionarmos, outra maneira de vivermos, o que é mais um processo de isolamento, ou melhor, acabamos encontrando, “a mesma coisa numa outra forma”.

Vazio existencial é vazio espiritual; é vazio na vida; é falta de bem viver e em se adaptar. Para sair dessa condição, o ser humano precisa ir além de um simples desejo de mudança; é preciso compreender o outro e para compreender alguma coisa, precisamos primeiro “amar aquilo que desejamos compreender”. Se quisermos compreender o outro, precisamos, antes de tudo, entrar em “comunhão” com ele; observá-lo, olhar para ele, contemplá-lo e estudá-lo. Sem pressa, sem ansiedade, porque o amor entre almas é tão intenso, tão sentido por nós, que ninguém, nem mesmo o tempo, consegue apagar de nossas vidas.

Disse Lord Maitreya:
“Os problemas da humanidade são reais, mas têm solução. A solução está ao seu alcance. Tome a necessidade dos seus irmãos como a medida para sua ação e resolva os problemas do mundo. Não há nenhum outro caminho. Cada pessoa é um farol e divide a sua luz com seus irmãos. Faça brilhar a sua lâmpada, ilumine e mostre o caminho. Todos são necessários. Ninguém é tão pequeno ou jovem que não possa tomar parte neste Grande Plano para salvar e reabilitar o nosso mundo. Resolva agir e saiba que a Minha ajuda não faltará".


por Lean Akbar

Texto revisado por Cris

por El Morya Luz da Consciência -



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Hoje é o dia da INJUSTIÇA


Injustiça é a falta ou ausência de justiça, seja em referência a um evento, ato ou situação de fato. Pode estar referida a um sujeito ou grupo social.
Injustiça é quando, além de a justiça não ser respeitada por algum(ns) indivíduo(s), houver impunidade para esses que burlaram o sistema jurídico, ético ou moral.
                                            A injustiça também existe como causa de problemas              de relacionamento.

         Bíblia
Não pervertam a justiça nem mostrem parcialidade. Não aceitem suborno, pois o suborno cega até os sábios e prejudica a causa dos justos.
Deuteronômio 16:19
Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.
Romanos 12:21
Outros Versículos encontrados:

"Não cometam injustiça num julgamento  não favoreçam os pobres nem procurem agradar os grandes, mas julguem o seu próximo com justiça. 
Levítico 19:15
Agora, que o temor do Senhor esteja sobre vocês. Julguem com cuidado, pois o ­Senhor, o nosso Deus, não tolera nem injustiça nem parcialidade nem suborno".
2 Crônicas 19:7
Por isso os pobres têm esperança, e a injustiça cala a própria boca.
Jó 5:16
"Se grito: É injustiça! Não obtenho resposta; clamo por socorro, todavia não há justiça.
Jó 19:7
Se você voltar para o Todo-poderoso, voltará ao seu lugar. Se afastar da sua tenda a injustiça,
Jó 22:23
Tu não és um Deus que tenha prazer na injustiça; contigo o mal não pode habitar.
Salmos 5:4
Senhor, meu Deus, se assim procedi, se nas minhas mãos há injustiça,
Salmos 7:3
O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia.
Salmos 11:5
Não! No coração vocês tramam a injustiça, e na terra as suas mãos espalham a violência.
Salmos 58:2
Tramam a injustiça e dizem: "Fizemos um plano perfeito!" A mente e o coração de cada um deles o escondem!
Salmos 64:6
para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha Rocha; nele não há injustiça.
Salmos 92:15
O cetro dos ímpios não prevalecerá sobre a terra dada aos justos; se assim fosse, até os justos praticariam a injustiça.
Salmos 125:3
É melhor ter pouco com retidão do que muito com injustiça.
Provérbios 16:8
Quem semeia a injustiça colhe a maldade; o castigo da sua arrogância será completo.
Provérbios 22:8
Pois um homem pode realizar o seu traba­lho com sabedoria, conhecimento e habilidade, mas terá que deixar tudo o que possui como herança para alguém que não se esforçou por aquilo. Isso também é um absurdo e uma grande injustiça.
Eclesiastes 2:21
"O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?
Isaías 58:6
"Ai daquele que constrói o seu palácio por meios corruptos, seus aposentos, pela injustiça, fazendo os seus compatriotas trabalharem por nada, sem pagar-lhes o devido salário.
Jeremias 22:13
Ele me respondeu: "A iniquidade da nação de Israel e de Judá é enorme; a terra está cheia de sangue derramado e a cidade está cheia de injustiça. Eles dizem: 'O Senhor abandonou o país; o Senhor não nos vê'.
Ezequiel 9:9
Por que me fazes ver a injustiça, e contemplar a maldade? A destruição e a violência estão diante de mim; há luta e conflito por todo lado.
Habacuque 1:3
No meio dela está o Senhor, que é justo e jamais comete injustiça. A cada manhã ele ministra a sua justiça, e a cada novo dia ele não falha, mas o injusto não se envergonha da sua injustiça.
Sofonias 3:5


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Teoria de Jesus o Cristo


                                       
                             TEORIA - A ORIGEM ALIENÍGENA DE CRISTO

OBJETIVO - Negar a verdade para evitar o descrédito das igrejas tradicionais
Está escrito na Bíblia: Jesus Cristo era um ET. Pelo menos assim interpretam as escrituras os defensores da teoria de que Jesus chegou ao nosso planeta num disco voador, tomou a forma humana e espalhou conhecimento alienígena no Oriente Médio. As lideranças religiosas esconderiam a verdade para não destruir as religiões da Terra. Mas o complô ganhou um inimigo em 2003. Dom Fernando Pugliese, bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira, disse acreditar na origem extraterrena de Cristo. Pronto. Um religioso aceitava a tese do escritor Erich von Däniken no livro Eram os Deuses Astronautas? (Melhoramentos, 2000): as divindades vieram do espaço.

Formado em filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, na Itália, Dom Pugliese estuda mensagens ocultas na Bíblia. Ele tem sua própria interpretação para os ensinamentos cristãos. A estrela de Belém, que guiou os Reis Magos até a manjedoura de Jesus, seria uma nave espacial, porque se movia de forma inteligente, acompanhando a viagem dos nobres. A aparição da Virgem Maria na cidade de Fátima, em Portugal, seria uma manifestação ufológica, um robô em forma feminina controlado por um óvni. Jesus suava gotas de sangue por causa de características somáticas e psicossomáticas sobre o seu corpo humano. Embora nunca tenha visto um ET – apenas discos voadores –, Dom Pugliese acha que os anjos e arcanjos, assim como Cristo, têm origem alienígena. Segundo ele, as referências à vida extraterrestre estão no Antigo e no Novo Testamento, em mensagens cifradas.

Mais gente acredita que o maior símbolo do cristianismo tem algo a ver com os homenzinhos verdes. Se não, como explicar os milagres de curar doentes, multiplicar pães e peixes ou transformar água em vinho? 

Entre os crédulos está o francês Claude Vorilhon, ou simplesmente Raël, fundador do Movimento Raeliano. 

Autor do livro Extraterrestrials Took me to Their Planet (Extraterrestres Levaram-me ao seu Planeta, sem versão brasileira), Raël declarou em 1975 que se encontrou com Jesus, Buda, Moisés e Maomé no mundo de Elohim, o ser supremo. O criador da seita ufológica diz que todos os profetas que viveram na Terra foram enviados por Elohim. Logo, Cristo é um ET. Felizmente, segundo Raël, o filho de Deus foi clonado pelos alienígenas, que pegaram o DNA divino ainda na cruz. Assim estariam explicados os raios e tremores testemunhados na época, logo depois da morte de Cristo. Graças à clonagem, resultado de uma tecnologia de 25 mil anos, Jesus vive até hoje em outra galáxia, de onde voltará na hora certa.

Alguns escritores do movimento batizado de Nova Era, como Brad Steiger e Randolph Winters, simpatizam com a paternidade extraterrestre de Cristo. No livro The Fellowship: Spiritual Contact between Humans and Outer Space Beings (A Irmandade: Contato Espiritual entre Humanos e Seres Espaciais, sem versão brasileira), Steiger conta histórias de pessoas que garantem conversar com ETs. Uma delas explica que o Homem de Nazaré não era um deus, mas um mestre ascendente alienígena que encarnou para assumir um padrão físico mais aceitável aos humanos. Jesus voltará, mas não no Juízo Final. Ele descerá à Terra numa espaçonave, claro. Curiosamente, entretanto, não há compaixão nesse Cristo ET. Quem não atender as suas palavras será varrido do planeta.

A natureza extraterrena do messias pode ser comprovada por outros sinais, argumentam os adeptos da teoria. O anjo Gabriel visto por Maria seria um astronauta do alto de uma nave espacial, escondida pela intensidade do brilho das luzes. Foi um ET quem anunciou a gravidez à Virgem, invocando o nome de Deus para justificar o seu experimento médico. A concepção foi realizada, na verdade, por uma projeção de esperma através da luz emitida do óvni. Não deixa de haver ainda uma dose de misticismo, oculta nesse pretenso racionalismo científico: Jesus era “o corpo biológico de uma entidade espiritual cósmica”. Todos esses argumentos são encontrados em sites e publicações ufológicas, desde as mais sérias até as de qualidade duvidosa. A maioria não tem dúvidas de que João Batista, o primo de Jesus, também era um alienígena, pois certas interpretações dos Evangelhos dizem que ele havia sido “levado para o céu no interior de um objeto voador”.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

É possível perder sem se perder?



Com o fim de um relacionamento, sempre nos sentimos perdendo praticamente tudo, a esperança, o amor, os sonhos, as idealizações; parece até que perdemos a vida, pois nada mais faz sentido. Perguntamos-nos para que viver, se quem acreditou que fosse viver para sempre ao nosso lado, se foi? Perguntamos-nos em que ponto nos perdeu do outro, para que a separação tenha se tornado uma realidade da qual temos muita dificuldade em suportar. Cada um com certeza terá suas próprias respostas, as quais dificilmente coincidem umas com as do outro. Quem tem razão? Os dois? Quem sabe... Mas geralmente nos perdemos do outro no exato momento que nos perdemos de nós mesmos.

Só quem viveu ou vive uma separação sabe a dor que ela provoca. São tantos os questionamentos, são tantas perguntas sem respostas... Podemos responder todas as perguntas que gostaríamos de ter feito ao outro, mas só teremos hipóteses e raramente responderemos corretamente. Nem as nossas próprias perguntas conseguiram responder, quem dirá responder pelo outro...
O tempo! Ah, dizem que o tempo pode curar feridas, responder perguntas. Mas como conseguir esperar que ele passe? Os minutos, que antes voavam, parecem ter se transformado em horas; as horas, em dias... Tamanho é o sofrimento. Quando estamos bem e alegres, as horas voam e sequer percebemos. Mas, quando estamos sofrendo... Tudo parece se potencializar e se intensificar.
Mas por que nos perdemos quando perdemos alguém? Por que usamos o termo perder? Será que nada ganhamos? Claro que, assim que acontece, nem em pensamento conseguimos perceber algum ganho. Mas se uma relação termina é porque algo não ia bem, ao menos para um dos envolvidos, ou para os dois, mas nem sempre os dois sentem da mesma maneira, cada um tem uma leitura diferente do que acontece. Por que temos que nos dilacerar com nossas dores, permitindo que atinja nossa própria alma? Onde estão os recursos que podem nos fazer e, principalmente sentir, tudo menos intenso?

Os recursos, as respostas, praticamente tudo está sempre dentro de nós, mas às vezes, as próprias lágrimas nos impedem de enxergar, as palavras que ainda soam em nossa mente não nos permitem ouvir nossa própria voz e assim continuamos a nos distanciar de quem já nos tornamos desconhecidos: nós mesmos! É nesse momento que o abandono dói muito mais, não só pelo fato de alguém ter ido embora, mas porque já nos abandonamos há muito mais tempo. Talvez não seja momento de ficar fazendo perguntas das quais não teremos respostas, porque quem as poderia dar já está longe, mas voltar à atenção para nossa própria vida e nossa forma de conduzi-la e também a maneira que conduzimos nossos relacionamentos.

Será que cuidamos do relacionamento que não existe mais como realmente acreditamos que deveria ser cuidado? Demos ouvidos aos nossos próprios pedidos ou ficamos sempre esperando e idealizando que o outro viesse para satisfazer nossas necessidades, muitas vezes inconscientes para nós mesmos? E se ele não conseguia nos satisfazer, por qual motivo continuamos tanto tempo ao seu lado? Esperando que mudasse? Que acordasse diferente e que fosse, como um dia ele próprio nos fez acreditar que seria? Mas será que não ignoramos as infinitas atitudes que não eram coerentes com as palavras?
Podemos viver esse momento de dor, sofrendo, chorando, nos escondendo dentro de um quarto escuro, ou podemos transformá-lo num momento de crescimento próprio, elevando nossa espiritualidade, aprendendo com os próprios erros. E quantos não cometemos?
Não, nada de culpas, pois elas não geram crescimento algum, só nos fazem ficar no papel de vítima e na busca por culpados. Devemos nos responsabilizar também por esse término, ainda que seja o outro que tenha tido a atitude de ir embora, nós participamos dessa decisão, por mais que isso possa nos machucar ainda mais. Confrontar a realidade nem sempre é o mais fácil, por isso tendemos a fugir; algumas vezes negamos os nossos mais sagrados sentimentos com o intuito de quem sabe, sofrermos menos. Mas isso se torna em vão quando não olhamos para dentro de nós, pois por mais que possamos fugir por alguns dias, horas, algumas pessoas por anos, não poderemos fugir para sempre do que está dentro de nós.

E afinal, o que sobrou além da dor? Algumas pessoas podem responder que nada sobrou, mas será? Como era sua vida antes desse relacionamento existir ou essa pessoa entrar em sua vida? Pior, ou melhor, do que é hoje? Tudo sempre tem um sentido para existir e também um sentido por ter acabado. Qual é o aprendizado disso tudo? Deve existir algum, ainda que não consiga perceber qual seja. Se alguém se afastou de você talvez seja porque você também não correspondeu ao que o outro esperava, como ele também não ao que você esperava, por mais que nesse momento negue isso. E será que continuar a viver assim iria fazê-lo feliz? É possível um estar feliz sem que o outro esteja? Amor não é troca? Havia troca na relação ou uma das partes se dava mais que a outra? Tantas coisas para pensar...

Pare, pense, reflita, analise, chore se tiver vontade, volte, se sentir que ainda há amor; mas não se afaste de sua essência, ainda que isso lhe custe ficar só, ou melhor, não estará só se ficar consigo mesmo, e isso só depende de você! Por isso, por mais que esse momento esteja doendo muito, não se abandone, mas use todo seu amor para curar sua dor!

Rosemeire Zago
Email: r.zago@uol.com.br

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