Se você fizesse essa pergunta em
muitos países do oriente, principalmente no extremo oriente, é provável que
eles fossem reagir com estranheza, pois lá a reencarnação é uma crença
religiosa profundamente arraigada e cultivada pelas religiões hindu, budista e
jainista. No entanto, na cultura ocidental, não aceitar a tese da reencarnação
é natural, pois somos muito pragmáticos, vivemos numa sociedade tecnicista,
materialista e cartesiana, e até mesmo cética para aceitar uma crença sem uma
evidência mais concreta.
No entanto, uma pesquisa feita pela
Universidade de Oxford, (Inglaterra), encomendada pela Igreja Anglicana, afirma
que cerca de 4 bilhões de pessoas, ou seja, dois terços da população da Terra
crêem na reencarnação.
No Brasil, a maior nação católica e
também a mais espírita do mundo, há uma diversidade que demonstra as
contraposições entre os que acreditam e os que não acreditam na reencarnação.
Pelo menos no meu consultório, com exceção dos evangélicos, que normalmente não
acreditam na pluralidade da alma, e, por conta disso, é muito raro me
procurarem, minha clientela é constituída por pessoas que se dizem católicas,
espíritas, budistas ou mesmo indivíduos que não têm nenhuma religião, que se intitulam
espiritualistas ou universalistas.
Quero ressaltar, entretanto, que a
reencarnação não é um privilégio exclusivo dos espíritas, como muitos ainda
crêem, pois ela é universal, ou seja, muitos povos primitivos, o xamanismo, a
religião wicca das bruxas, o budismo, o xintoísmo, o judaísmo, o hinduísmo, os
antigos sacerdotes egípcios, os filósofos ocidentais como Sócrates, Platão,
Pitágoras, Kant, Schopenhauer, Voltaire, Nietzsche, William James, Emerson,
Bernard Shaw, todos concordavam com a teoria da reencarnação.
Mesmo na Igreja Católica, até o
Concílio de Constantinopla, ocorrido no ano 553 d.C., a Igreja Cristã primitiva
aceitava a reencarnação, mas o Imperador Justiniano, influenciado por sua
esposa Teodora, conclamou o Concílio de Constantinopla, convidando apenas os
bispos não reencarnacionistas, e decretou que a reencarnação não existia,
substituindo-a pelo termo ressurreição.
Na ocasião, o Papa Virgílio protestou,
se recusando a participar desse Concílio e, com sua recusa, foi preso e mantido
prisioneiro de Justiniano por 8 longos anos.
A TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) -
A Terapia do Mentor Espiritual, como um novo método de autoconhecimento e cura,
criado por mim, defende também a tese da reencarnação em sua aplicação
terapêutica, pois entende que a causa do(s) problema(s) do paciente se origina
nessa vida (infância, nascimento ou útero materno), num percentual de 10%,
sendo que 90% advêm de uma causa mais remota, em encarnações passadas.
Portanto, em sua maioria, muitos dos problemas psíquicos, de relacionamentos
interpessoais e orgânicos, cuja causa a medicina oficial não encontra, são
problemas antigos que, em muitos casos, vêm se arrastando em várias
encarnações, inclusive nesta.
Desta forma, a TRE defende um novo
Paradigma, um novo modelo de tratamento que abrange o ser humano em sua
totalidade: mente corpo e espírito, pois o Paradigma científico materialista
vigente da Psicologia e Psiquiatria desconsidera o aspecto espiritual, vendo a
pessoa apenas como um ser orgânico, bioquímico e não fundamentalmente um ser
espiritual em evolução. Em vista disso, se o paciente estiver sofrendo um
desequilíbrio físico e/ou emocional, fruto de uma perseguição de um espírito
obsessor (ser desencarnado, desafeto do paciente que foi prejudicado por ele numa
vida passada), não irá adiantar tratá-lo só com medicamentos e internações. É o
que ocorre lamentavelmente com milhões de pacientes, em todo o mundo, que são
submetidos até a eletrochoque de 110 volts e, o pior, à lobotomia (intervenção
cirúrgica com a retirada de uma parte do cérebro), prática amplamente utilizada
no passado em casos graves de esquizofrenia, neurose obsessiva, ansiedade
crônica ou depressão profunda prolongada. Era utilizada quando todos os
tratamentos se revelavam ineficazes. Hoje em dia, felizmente, ela não é mais
praticada devido aos efeitos secundários severos nos pacientes, além de mostrar
sua ineficiência em curar verdadeiramente a alma humana.
Quero esclarecer também ao leitor, que
a TRE não partiu de nenhum pressuposto teórico, filosófico ou religioso, sendo,
portanto, uma terapia independente, desvinculada de qualquer instituição
religiosa, doutrina, seita ou grupos. Nasceu sim da observação sistemática das
experiências com meus pacientes em mais de 7000 sessões de regressão de
memória, as quais conduzi em meu consultório. Posso afirmar com absoluta
confiança que essa terapia se destaca por sua eficiência e brevidade.
Finalizo esse artigo, dizendo que a
prova mais contundente (entre outras, descritas pelos pesquisadores científicos)
da existência da reencarnação, ou seja, de que não estamos aqui nesse planeta
pela primeira vez, é quando um espírito obsessor vem à sessão de regressão com
ódio, acusando o paciente do mal que este lhe causou no passado. Na minha
estatística, em 95% dos pacientes que vêm ao meu consultório, se a causa
espiritual obsessora não for a principal na gênese de seu(s) problema(s), é
sempre um fator agravante, sendo que apenas em 5% a causa é puramente de cunho
psicológico, não havendo, portanto, nenhuma interferência espiritual.