domingo, 2 de setembro de 2012

Reencarnação



É uma ideia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciênciaespírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma.
A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Hinduísmo (já pregava esse conceito cinco mil anos antes de cristo), do Jainismo, do Culto de Tradição aos Orixás (Òrìsà) (já difundia esse conceito cinco mil anos antes de cristo), da Teosofia, do Rosacrucianismo e da filosofia platônica, mais recentemente o Espiritismo (codificado por Allan Kardec). Existem vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico, que também admite a reencarnação.
Há referências recentes a conceitos que poderiam lembrar a reencarnação na maior parte das religiões, incluindo religiões do Egito Antigo, religiões indígenas, entre outras.
A crença na reencarnação também é parte da cultura popular ocidental, e sua representação é frequente em filmes de Hollywood. É comum no Ocidente a ideia de que o Budismo também pregue a reencarnação, supostamente porque o Budismo tenha se originado como uma religião independente do Hinduísmo. No entanto essa noção tem sido contestada por fontes budistas; para mais detalhes veja renascimento.
A crença na reencarnação tem suas origens nos primórdios da humanidade, nas culturas primitivas. De acordo com alguns estudiosos, a ideia se desenvolveu de duas crenças comuns que afirmam que:
 §  Os seres humanos têm alma, que pode ser separada de seu corpo, temporariamente no sono, e permanentemente na morte;
 §  As almas podem ser transferidas de um organismo para outro.
Segundo Diodoro SículoPitágoras se lembrava de ter sido Euforbo, filho de Panto, que foi morto por Menelau na Guerra de Troia. Entre as tentativas de dar uma base "científica" a essa crença, destaca-se o trabalho do Dr. Ian Stevenson, da Universidade de Virgínia, Estados Unidos, que recolheu dados sobre mais de 2.000 casos em todo o mundo que evidenciariam a reencarnação. No Sri Lanka (país onde a crença é muito popular), os resultados foram bem expressivos.
Segundo os dados levantados pelo Dr. Stevenson, os relatos de vidas passadas surgem geralmente aos dois anos de idade, desaparecendo com o desenvolvimento do cérebro. Uma constante aparece na proximidade familiar, embora haja casos sem nenhum relacionamento étnico ou cultural. Mortes na infância, de forma violenta, aparentam ser mais relatadas. A repressão para proteger a criança ou a ignorância do assunto faz com que sinais que indiquem um caso suspeito normalmente sejam esquecidos ou escondidos.
Influências comportamentais como fragmentos de algum idioma, fobias, depressões, talentos precoces (como em crianças prodígio), etc., podem surgir, porém a associação peremptória desses fenômenos com encarnações passadas continua a carecer de fundamentação científica consistente.


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