terça-feira, 13 de novembro de 2012

Autocontrole


Aumente seu autocontrole



No instante de fúria, tudo parece conspirar para que você pule no pescoço de alguém: o coração dispara, as pupilas se dilatam, os músculos recebem mais sangue e se preparam para o ataque.
Seria um combate feroz se não fosse seu próprio cérebro, que, sem você contar até dez, se lembra das prováveis consequências do embate.

É fácil concluir que não existe vida social sem autocontrole. A ciência provou e já deu até o endereço de onde fica a regulação das emoções no cérebro. A boa notícia é que as últimas descobertas dão esperanças aos mais impulsivos: com treino, dá para melhorar o controle emocional.


Os treinamentos para autocontrole envolvem terapia comportamental e técnicas de reconhecimento facial de emoções. A ideia não é aprender a engolir sapos ou a forjar um pensamento positivo. "Suprimir a raiva ou o estresse é 'autoilusão', não autocontrole. É preciso entender o que causa o impulso, não rejeitá-lo”.

Emoções são respostas do organismo a estímulos internos ou externos. O que determina o tamanho do pavio da pessoa ou o quanto ela é ansiosa não é só "gênio".

"Há um papel da genética, mas a influência do ambiente e do comportamento é grande. Quem vive em ambientes com pessoas ansiosas tem mais tendência a ser ansioso".


Sentir raiva ou nojo, duas emoções universais, é involuntário e fisiológico: todos sentem.
"Podemos controlar o que fazemos com as nossas emoções. Para isso, é preciso saber reconhecê-las e nomeá-las."
JULIANA VINES





Como controlar:


Como o foco da atenção é redirecionado --por exemplo, para a respiração--, a técnica treina a concentração, fundamental para manter o controle. As distrações contribuem para que sejamos levados pelas emoções, no estilo "deixa a vida me levar".

Em um mundo de distrações, concentrar-se não é nada fácil. Quem nunca meditou pode achar a prática difícil pelo simples fato de precisar ficar quieto, sem estímulos externos. 

O jeito mais simples de conseguir isso é prestando atenção à respiração. Mas há outras formas, como repetir mentalmente uma palavra ou expressão ou deixar o pensamento fluir.

O único, porém é que os efeitos não são imediatos. 
Os melhores resultados aparecem em estudos com pessoas que praticam a técnica há mais de dez anos. "Mas dá para ter uma boa diferença em oito semanas". Ela se refere a um programa de 45 minutos por dia, com acompanhamento.
Em curto prazo, na hora que der vontade de rodar a baiana, o velho truque de controlar a respiração ajuda de verdade (veja abaixo como isso pode ser feito):




Quando alguém tenta se controlar, o principal erro é o de se concentrar exatamente no sentimento que quer inibir.
"Pensamos: 'Não vou ficar nervosa'. Isso só atrapalha. O cérebro não entende a negativa. É preciso mudar o foco."
"Quem tem medo de falar em público pode se imaginar em uma situação de completo domínio."



Não basta só pensar no controle emocional. "Controlar as emoções é apenas um dos aspectos. Se eu não tenho ataques de raiva ou de ansiedade, mas como desesperadamente, não adianta nada. Há vários tipos de controle."




É comum a pessoa priorizar uma das áreas -a profissional, por exemplo- em detrimento das outras. "Há várias esferas: a física, a psicológica, a profissional. É preciso encarar a vida como uma empresa que tem que ser gerenciada em vários aspectos, senão vai à falência."






1 – Respirar de forma certa acalma, em situações de stress prendemos o ar, aumenta o nível de gás carbônico no corpo.
2 – O organismo entende que precisa de oxigênio e passamos a respirar mais rápido.



3 – O desequilíbrio faz com que aumente o número de batimentos cardíacos, a pressão arterial e a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol.


No domínio:


1 – inspire pelo nariz contando até quatro, inflando a barriga.

2 – Retenha o ar por dois tempos

3 – Expire contando até oito; repita o exercício por mais de ou menos 5 minutos.
Fontes de José Roberto Leite
                                                       Seja consciente:

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