É
resultado de doença mental, quando não
é classificada como a própria doença. A
verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita
por especialistas em psicopatologia.
Algumas visões sobre loucura
defendem que o sujeito não está doente da mente, mas pode
simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade. Na visão da lei civil, a insanidade revoga obrigações legais e até atos cometidos contra a sociedade civil com diagnóstico prévio de psicólogos, julgados
então como insanidade mental.
As significações da loucura
mudaram ao longo da história. Na visão de Homero, os homens
não passariam de bonecos à mercê dos deuses e teriam, por isso, seu destino
conduzido pelos "moiras", o que criava uma
aparência de estarem possuídos, ao qual os gregos chamaram "mania".
Para Sócrates, este fato geraria quatro
tipos de loucuras: a profética, em que os deuses se comunicariam com os homens possuindo o corpo de um
deles, o
oráculo.
A ritual, em que o louco se via conduzido ao êxtase através de danças e rituais,
ao fim dos quais seria possuído por uma força exterior. A loucura amorosa, produzida por Afrodite, e a loucura poética, produzida pelas musas.
Philippe
Pinel alterou
significativamente a noção de loucura ao anexá-la à razão.
Ao separar o louco
do criminoso, afastou o aspecto de julgamento moral que constituía até então o
principal parâmetro da definição da loucura.
Hegel afirmou que
a loucura não seria a perda abstrata da razão:
"A loucura é um simples desarranjo, uma
simples contradição no interior da razão, que continua presente".
A loucura deixou de ser o
oposto à razão ou sua ausência, tornando possível pensá-la como "dentro do
sujeito", a loucura de cada um, possuidora de uma lógica própria.

Hegel
tornou possível pensar a loucura como pertinente e necessária à dimensão
humana, e afirmou que só seria humano quem tivesse a virtualidade da loucura,
pois a razão humana só se realizaria através dela.
Pior que é!
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