A
Mãe de Jesus merece dos cristãos um carinho especial e a devoção por ela se
manifesta em todos os lugares, venerada sob os mais diferentes títulos e em
muitas igrejas – desde modestas capelas a imponentes santuários.
Em nosso país, ela é venerada como Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Em nosso país, ela é venerada como Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
A devoção popular que se iniciou em 1717, quando a imagem foi encontrada no Rio Paraíba do Sul, foi crescendo e atingindo todas as regiões brasileiras, tornando-se o maior movimento religioso do país.
Aquela imagem pequenina, despojada de tudo, foi aos poucos se tornando objeto de especial veneração do povo brasileiro. Os devotos logo a cobriram com um manto da cor do céu brasileiro e a cingiram com uma coroa, reconhecendo-a como rainha – a servidora do povo junto de Deus.
NOSSA PADROEIRA -
Em 1930, o Papa Pio XI proclamou Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do
Brasil, atendendo ao pedido de bispos brasileiros.
Logo após a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário de Aparecida, Padre Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no congresso pediram ao Papa Pio XI que proclamasse Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. O pontífice acolheu o pedido e, no dia 16 de julho de 1930, assinou o decreto.
Logo após a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário de Aparecida, Padre Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no congresso pediram ao Papa Pio XI que proclamasse Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil. O pontífice acolheu o pedido e, no dia 16 de julho de 1930, assinou o decreto.
NOVA COROA -
No dia 8 de setembro de 2004, o Santuário Nacional de Aparecida viveu uma
grande celebração, comemorando os 150 anos de proclamação do dogma da Imaculada
Conceição e os 100 anos da coroação de Nossa Senhora Aparecida. Nessa
celebração, a imagem da Padroeira do Brasil recebeu uma nova coroa,
confeccionada em ouro e pedras preciosas.
Ela foi desenvolvida pela “designer” mineira Lena Garrido, em parceria com Débora Camisasca, que venceram o “Concurso Nacional para o Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida”. Foi confeccionada em ouro e pedras preciosas, em projeto financiado pela Ajoresp – Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista.
A antiga coroa, doada pela Princesa Isabel, foi restaurada e é conservada no Museu do Santuário, sendo utilizada apenas em ocasiões especiais.
A Rosa de Ouro é um presente oferecido pelo papa para honrar e
distinguir pessoas que contribuíram com ações que beneficiaram o bem comum,
para condecorar cidades que se destacaram na manifestação da fé católica ou
ainda para realçar santuários que se tornaram centro de peregrinação e irradiação
de profunda espiritualidade. Ela foi desenvolvida pela “designer” mineira Lena Garrido, em parceria com Débora Camisasca, que venceram o “Concurso Nacional para o Centenário da Coroação de Nossa Senhora Aparecida”. Foi confeccionada em ouro e pedras preciosas, em projeto financiado pela Ajoresp – Associação dos Joalheiros e Relojoeiros do Noroeste Paulista.
A antiga coroa, doada pela Princesa Isabel, foi restaurada e é conservada no Museu do Santuário, sendo utilizada apenas em ocasiões especiais.
O Brasil já foi agraciado com três Rosas de Ouro: em 1888, o Papa Leão XIII concedeu à Princesa Isabel, por ter abolido a escravatura no país; as outras duas foram ao Santuário de Aparecida.
Em 1967, o Papa Paulo VI concedeu Rosa de Ouro (foto) por ocasião dos 250 anos do encontro da imagem.
Em 15 de agosto daquele ano, o Cardeal Amleto
Giovanni Cicognani, como Legado Pontifício, entregava ao Santuário de
Aparecida uma Rosa de Ouro, confeccionada pelo artista plástico Mário de
Marchis, com um recado do Papa Paulo VI: “Dizei a todos os brasileiros, Senhor
Cardeal, que esta flor é a expressão mais espontânea do afeto que
temos por esse grande povo, que nasceu sob o signo da Cruz.
História da Aparição
Há duas fontes sobre o achado da
imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida
(anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em
1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no
Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.
Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de
outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem
pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer
uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser
temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao
conde.
Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para
a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus.
Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até
chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede
novamente.
Ao invés de peixe, ele apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria sem
a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço. Após terem recuperado as duas partes da
imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não
conseguiam mais movê-la.
A partir daquele momento, segundo os relatos, os três pescadores
apanharam tantos peixes que foram obrigados a voltarem para o porto, uma vez
que o volume da pesca ameaçava afundar a embarcação deles.
Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.
Coroa de
ouro e o manto azul
Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma
promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada
de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente
adornado.
A imagem retirada das águas do
rio Paraíba em 1717 mede quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou
seja, argila que após modelada é cozida num forno
apropriado.
Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram ,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita.
Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram ,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita.
A argila utilizada para a confecção da imagem é
oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo.
Quando recolhida pelos pescadores, estava sem
a policromia original, devido ao longo período em que esteve submersa nas águas
do rio.A cor de canela que apresenta hoje deve-se à exposição
secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas
por seus devotos.
Através de estudos comparativos,
a autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo conhecido
por sua habilidade artística na confecção de imagens sacras. Tais características incluem a forma
sorridente dos lábios, queixo encravado, flores em relevo no cabelo, broche de
três pérolas na testa e porte empinado para trás. O motivo pelo qual a imagem se encontrava no
fundo do rio Paraíba é que, durante o período colonial, as imagens sacras de
terracota eram jogadas em rios ou enterradas quando quebradas.
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