Dor

A dor é mais que uma resposta resultante da
integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos
locais. De fato a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável
associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal
(definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor - IASP).
Distinguem-se basicamente duas categorias: A dor nociceptiva e a dor
neuropática.

Variações mecânicas ou térmicas que ativam diretamente as terminações
nervosas ou receptoras.
Fatores químicos libertados na área da terminação nervosa. Estes incluem compostos presentes apenas em células íntegras, e que são libertados
para o meio extracelular quando de lesões como os íons Potássio, ácidos.
Fatores libertados pelas células inflamatórias como a bradicinina, a serotonina, a histamina e as enzimas proteolíticas.
A dor e suas vias no encéfalo
As sensações corporais, táteis, térmicas e
dolorosas convergem para o tálamo, que funciona como uma rede de interpretação
sensitiva, em alguns de seus núcleos, alguns dos quais emitem projeções ao
córtex cerebral, a partir do qual é possível a consciência da sensação dolorosa,
ou seja, este é o momento neural após o qual a dor pode ser percebida. A dor
mais significativa do ponto de vista terapêutico é quase sempre aquela que é
produzida pela via lenta.
A via rápida produz apenas sensações de dor
localizada e de duração relativamente curta que permitem ao organismo
afastar-se do agente nociceptivo,
mas geralmente não é causa de síndromes em que a dor
seja a principal preocupação terapêutica. A dor crônica tem origem quando os impulsos
recebidos pela via lenta são integrados na Formação Reticular do tronco cerebral e no Tálamo. Já a este nível há percepção
consciente vaga da dor, como demonstrado em animais a quem foi retirado o córtex.
1.
O Tálamo
envia os impulsos para o Córtex somato-sensor e para o Giro Cingulado. No córtex cingulado é processada a qualidade
emocional ou afetiva da dor (sistema límbico), enviando impulsos de volta
para o córtex somatosensor. É aí que se originam qualidades mais precisas, como
tipo de dor, localização e ansiedade emocional.
2.
A dor tem
um efeito de estimulação da maioria dos circuitos neuronais. Estes efeitos são
devidos à ativação de circuitos em nível dos núcleos intralaminares do Tálamo e das formações reticulares pelos axônios de tipo C (lentos) que aí terminam. A
ativação por estas fibras das formações reticulares leva à ativação em spray do
córtex cerebral, e principalmente do lobo pré-central, já que a formação reticular também é responsável
pela regulação do estado de vigília. Esta estimulação traduz-se num
maior estado de alerta e excitabilidade do doente que sofre de dor,
principalmente se esta é aguda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário