quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Semana de 22





A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13 a 17 de fevereiro, no Teatro Municipal da cidade.
Cada dia da semana foi dedicado a um tema: respectivamente, pintura e escultura, poesia, literatura e música.
O presidente do estado de São Paulo na época, Washington Luís, apoiou o movimento, especialmente por meio de René Thiollier, que solicitou patrocínio para trazer os artistas do Rio de Janeiro  Plínio Salgado e Menotti Del Pichia, membros de seu partido, o Partido Republicano Paulista.


A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo.


O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse.












Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como:



Mário de Andrade, 



                                                                                                               
,                                       Oswald de Andrade,










Víctor Brecheret, 


        Escultor Víctor Brecheret, 


          


          Plínio Salgado, 












                                                                     Anita Malfatti, 






               Menotti Del Pichia, 


                                                               Guilherme de Almeida, 




                         Sérgio Milliet, 



















Heitor Villa-Lobos,






  








 Tácito de Almeida, 




                                                                       Di Cavalcanti 












entre outros, e como um dos organizadores o intelectual Rubens Borba de Moraes que, entretanto, por estar doente, dela não participou. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, 


Tarsila do Amaral, considerada um dos grandes pilares do modernismo brasileiro, se achava em Paris e, por esse motivo, não participou do evento.





Muitos dos idealizadores do evento eram quatrocentões.



A nova intelectualidade brasileira dos anos 10-20 viu-se em um momento de necessidade de abandono dos antigos ideais estéticos do século XIX ainda em moda no país. Havia algumas notícias sobre as experiências estéticas que ocorriam na Europa no momento, mas ainda não se tinha certeza do que estava acontecendo e quais seriam os rumos a se tomar.
O principal foco de descontentamento com a ordem estética estabelecida se dava no campo da literatura (e da poesia, em especial). Exemplares do futurismo italiano chegavam ao país e começavam a influenciar alguns escritores, como Oswald de Andrade e Guilherme de Almeida.


A jovem pintora Anita Malfatti voltava da Europa trazendo a experiência das novas vanguardas, e em 1917 realiza a que foi chamada de primeira exposição modernista brasileira, com influências do cubismo, expressionismo e futurismo. A exposição causa escândalo e é alvo de duras críticas de Monteiro Lobato, o que foi o estopim para que a Semana de Arte Moderna tivesse o sucesso que, com o tempo, ganhou.

A Semana, de certa maneira, nada mais foi do que uma ebulição de novas ideias totalmente libertadas, nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão. Não se tinha, porém, um programa definido: sentia-se muito mais um desejo de experimentar diferentes caminhos do que de definir um único ideal moderno.



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