sábado, 27 de outubro de 2012

Filhos das flores


Essa geração foi uma das mais polêmicas de todos os tempos, porque pregavam a paz! É a paz!
Enquanto a luta pelo poder reinava no mundo dos homens, os “FILHOS DAS FLORES” reivindicavam amor e paz na Terra!
Aqui no Brasil, foi só uma questão de honra e moda, apesar da batalha contra a ditadura era muito ferrenha!




Os valores não foram considerados, apesar de ter tanta força no mundo! E os que vêm dessa geração hoje, mudaram muito, talvez porque as consequências eram muito pesadas, desde deportação dos divulgadores do movimento ou pressão em celas como criminosos!






                                             Remanescentes dos Filhos das Flores



Os Hippies foram um movimento de contracultura que passou a contestar a sociedade e seus valores tradicionais. Essas contestações foram impulsionadas principalmente por artistas, jovens e escritores norte-americanos dos anos 60 e se popularizou na América Latina apenas nos anos 70.
Somente em 1965 o termo “Hippie” foi utilizado pela primeira vez. A palavra originou do termo em inglês “Hipster”, que nos EUA significava pessoas que se envolviam com a cultura negra.


Também em meados dos anos 60 o surgimento da chamada “Geração Beatnik” (escritores e artistas que assumiram comportamentos Hippies) colaborou com o aumento do movimento.




John Lennon, que foi transformado em um dos principais porta-vozes pop do movimento Hippie, criou uma banda chamada “The Beatles”
 utilizando a primeira parte da palavra “Beatnik”.
  A frase que, até os dias de hoje descreve bem a ideologia adotada por essa tribo, é a conhecida “Paz e amor”, que antecedeu pelo termo “Ban the bomb” (Banir a bomba), que criticava o uso de armas nucleares.
 Os Hippies defendiam o amor livre e a não violência.  E sua postura política lutava por direitos civis, igualdade e antimilitarismo nos moldes da luta de        Gandhi
 e Martin Luther King.
Para eles, valores tradicionais como o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação e o capitalismo, faziam parte de um “Status Quo” sem legitimidade.
O movimento também protestava por causas como: proteção ao meio ambiente, direitos dos animais e emancipação sexual e eram contra os valores conservadores, totalizadores e capitalistas da classe média.

Os Hippies tinham preferência por estilos musicais psicodélicos que incluíam: The Beatles, Grateful Dead, Jefferson Airplane, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Pink Floyd, entre outros. E no Brasil: Os mutantes, Zé Ramalho, Secos e Molhados, Os Tropicalistas, Novos Baianos, A barca do Sol, Raul Seixas e etc.



 Viviam de forma comunitária, tendendo a uma espécie de socialismo- anarquista (posição política que acredita que a função de qualquer governo é a manutenção do domínio de uma classe social sobre outra), ou um estilo de uma vida nômade em comunhão com a natureza, produzindo independentemente dos mercados formais.



 Geralmente usavam roupas velhas para contestar o consumismo, ou roupas coloridas para fazer apologia à psicodélica, além de diversos outros estilos incomuns tais como, calças boca de sino e camisas tingidas e roupas de inspiração indiana.
 E contrariando o que era normal na época de seu surgimento, usavam cabelos e barbas compridos.
 Muitos dos que não eram associados à contracultura, consideravam os fios longos uma ofensa. Ora afirmavam que era uma atitude herege (pelos cabelos longos se assemelharem aos de Jesus), ora por acharem anti-higiênico ou “coisa de mulher”.



Com a justificativa de “expandir a mente” os Hippies faziam uso de drogas como marijuana (maconha), haxixe e outros alucinógenos como a psilocibina (extraída de um cogumelo). Incensos e meditações também fazem parte da cultura hippie.
 O principal símbolo do movimento Hippie foi uma figura circular com três intervalos iguais. Esse símbolo, que foi chamado “o símbolo da paz” ou “Mandala”.


 Ele foi desenhado na Inglaterra para uma campanha de desarmamento nuclear e foi adotado pelos Hippies, por conta de sua ideologia anti-guerra.






Muitos soldados da Guerra do Vietnã, depois de terem contato com religiões indianas e orientais, se inspiraram em seus modos pacíficos e naturais e voltaram para seus países de origem onde se uniram aos Hippies para lutar pelo fim da guerra.

Um grande marco do movimento foi o Woodstock (Woodstock Music & Art Fair), um festival de música publicado como “Uma Exposição Aquariana”. Realizado por três dias entre 15 e 18 de agosto de 1969 na fazenda de Max Yasgur, em Bethel no estado de New York, EUA.
 O festival foi chamado de “Woodstok”, por que originalmente ele deveria ter acontecido na cidade de Woodstok, também no estado de New York, onde vivia o músico Bob Dylan, mas a população local não aceitou, fazendo assim com que o festival migra-se para a cidade de Bethel, à uma hora e meia de distância.

O Woodstok ilustrou o movimento Hippie e a contracultura dos anos 60 e 70. Vários dos mais conhecidos músicos da época apresentaram-se no festival, que recebeu em média meio milhão de espectadores. Posteriormente, houve muitas tentativas de “recriar” o festival, no entanto, o Woodstok foi o único reconhecido como um dos maiores momentos da música.
 Ideologias como o ambientalismo, a liberdade sexual e a busca pela paz são resultados da cultura Hippie.


 Mas atualmente, o movimento é tido como cultura morta. No entanto ele continuou a existir mundo a fora, com os trecheiros que acompanham suas bandas preferidas ou vivem de seus artesanatos.



Vale ressaltar que apesar de muitos desses Hippies já não seguirem a risca a estética do movimento, eles podem fazer parte de seu cotidiano, e ainda manter a ideologia intacta. O seu vizinho de meia idade que tem um bom emprego, família e moradia fixa, pode ter sido um hippie nos anos dourados.
           
   
 Hippies de liberdade, paz, visão política socialista e anarquista e ouvindo as músicas típicas do movimento como Led Zeppelin, Mutantes, Zé Ramalho, Jimi Hendrix, Grateful Dead, Secos e Molhados, Janis Joplin, The Beatles e principalmente Raul Seixas.
            

Ainda hoje, há tribos de Hippies espalhadas por praias e comunidades alternativas. No Brasil se destacam nas cidades de São Tomé das Letras, em Minas Gerais (berço do cantor “Ventania”, que também usa ideologia Hippie em suas letras), no vilarejo Trindade, em Parati no Rio de Janeiro; em Pirenópolis, GO e na Bahia em Trancoso e Arembepe.

            E ainda há muitos festivais no Brasil a fora, como o “Psicodália”, que se realiza anualmente no sul do Brasil, geralmente em Santa Catarina, reunindo mais de cinco mil pessoas por ano.
           
“Vivemos num mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor, enquanto a violência é praticada em plena luz do dia”, John Lennon. 
 por: Cris Almeida


Permita que me

Concluindo 

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