As análises por Cromatografia em Camada Delgada de
Alta Eficiência e Espectrofotometria na região
UV-visível demonstraram uma grande diversidade das própolis brasileiras. Foram
identificadas nas regiões sul, sudeste e Nordeste do Brasil 12 grupos distintos
de própolis de grande ocorrência.
Dentre os grupos de própolis
identificados o grupo 6, da região Nordeste, mostrou alta atividade
antibacteriana contra Staphylococcus aureus e Streptoccoccus
mutans, apesar de
não apresentar flavonóides em sua composição química. Isto demonstra que os
efeitos biológicos das própolis não são devidos unicamente a presença de
flavonóides.
As técnicas de Cromatografia
Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa com Espectrometria de massas
possibilitaram a identificação e confirmação da presença do composto
alergênico, éster do ácido dimetil dialil caféico, nas própolis do grupo 3.
As própolis dos grupos 6 e 7
foram as que apresentaram as maiores atividades
citotóxicas contra diferentes
células cancerosas apesar de possuírem uma composição química totalmente
distinta.
As análises fitoquímicas
realizadas por meio das técnicas espectrofométricas e
cromatográficas confirmaram a
origem botânica do grupo 3, grupo 6 e grupo 12 de própolis como sendo as
espécies vegetais Populus
alba, Hyptis divaricata e Baccharis dracunculifolia, respectivamente.
As amostras de mel, coletadas de
diferentes regiões brasileiras, mostraram um perfil cromatográfico, pela
técnica de Cromatografia em
Camada Delgada de Alta Eficiência, totalmente diferente das
amostras de própolis da mesma colmeia Nas amostras de mel uni-floral de
laranja, eucalipto e alecrim do campo da região da região Sudeste ficou constatado
que as abelhas utilizaram fontes vegetais diferentes para elaboração destes, e uma
única fonte vegetal para a produção das própolis oriundas da mesma colmeia.
A diversidade química das
amostras de mel uni-floral de laranja, eucalipto, alecrim do campo, assa-peixe,
rubim e capixingui foi confirmada pelas técnicas de Cromatografia Líquida de
Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa com Espectrometria de Massas. O mel de
alecrim foi o que apresentou um maior número de flavonoides principalmente quercetina.
FACULDADE DE
ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DEPARTAMENTO DE
CIÊNCIAS DE ALIMENTOS
ESTUDO
FITOQUÍMICO DA ORIGEM BOTÂNICA DA PRÓPOLIS E AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE
MEL DE Apis mellifera AFRICANIZADA DE
DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL.
Severino Matias
de Alencar
Prof. Dr. Yong
Kun Park
Orientador
Tese apresentada à Faculdade de Engenharia
de Alimentos da
Universidade Estadual de
Campinas, para a obtenção do título de Doutor em
Ciência de Alimentos.
Campinas – São Paulo
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