domingo, 3 de fevereiro de 2013

PRÓPOLIS





As análises por Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência e Espectrofotometria na região UV-visível demonstraram uma grande diversidade das própolis brasileiras. Foram identificadas nas regiões sul, sudeste e Nordeste do Brasil 12 grupos distintos de própolis de grande ocorrência.

Dentre os grupos de própolis identificados o grupo 6, da região Nordeste, mostrou alta atividade antibacteriana contra Staphylococcus aureus e Streptoccoccus mutans, apesar de não apresentar flavonóides em sua composição química. Isto demonstra que os efeitos biológicos das própolis não são devidos unicamente a presença de flavonóides.

As técnicas de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa com Espectrometria de massas possibilitaram a identificação e confirmação da presença do composto alergênico, éster do ácido dimetil dialil caféico, nas própolis do grupo 3.

As própolis dos grupos 6 e 7 foram as que apresentaram as maiores atividades
citotóxicas contra diferentes células cancerosas apesar de possuírem uma composição química totalmente distinta.

As análises fitoquímicas realizadas por meio das técnicas espectrofométricas e
cromatográficas confirmaram a origem botânica do grupo 3, grupo 6 e grupo 12 de própolis como sendo as espécies vegetais Populus alba, Hyptis divaricata e Baccharis dracunculifolia, respectivamente.

As amostras de mel, coletadas de diferentes regiões brasileiras, mostraram um perfil cromatográfico, pela técnica de Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência, totalmente diferente das amostras de própolis da mesma colmeia  Nas amostras de mel uni-floral de laranja, eucalipto e alecrim do campo da região da região Sudeste ficou constatado que as abelhas utilizaram fontes vegetais diferentes para elaboração destes, e uma única fonte vegetal para a produção das própolis oriundas da mesma colmeia.

A diversidade química das amostras de mel uni-floral de laranja, eucalipto, alecrim do campo, assa-peixe, rubim e capixingui foi confirmada pelas técnicas de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência e Cromatografia Gasosa com Espectrometria de Massas. O mel de alecrim foi o que apresentou um maior número de flavonoides  principalmente quercetina.


 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE ALIMENTOS
ESTUDO FITOQUÍMICO DA ORIGEM BOTÂNICA DA PRÓPOLIS E AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE MEL DE Apis mellifera AFRICANIZADA DE DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL.
Severino Matias de Alencar
Prof. Dr. Yong Kun Park
Orientador
Tese apresentada à Faculdade de Engenharia de Alimentos da
Universidade Estadual de Campinas, para a obtenção do título de Doutor em
Ciência de Alimentos.
Campinas – São Paulo

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