segunda-feira, 26 de março de 2012

Massagem linfática





DRENAGEM LINFÁTICA.é uma das técnicas de massagem que atua como um descongestionante eliminando o excesso de líquidos através da circulação linfática e por ativar o sistema imunológico.

Diversas técnicas de massagem linfática foram criadas para o alívio do edema, a ponto de o tratamento, com freqüência, ser separado da massagem convencional e praticado como uma terapia completamente individual. Entretanto, a massagem ainda exerce um papel significativo no tratamento do edema, já que a maior parte das manobras tem alguma influência sobre o fluxo de linfa.

Duas técnicas de massagem

Massagem linfática – deslizamento

O deslizamento linfático distingue-se das manobras similares
quanto ao aspecto de ser muito leve e lento. Praticamente não existe pressão nessa técnica: apenas o peso da mão é suficiente para mover a linfa pelos vasos superficiais. A direção da manobra é sempre para o grupo proximal de gânglios imediato, e a técnica é executada em um ritmo muito lento, para acompanhar o ritmo do fluxo de linfa. Muito pouca lubrificação é aplicada nesse movimento, e as mãos permanecem relaxadas enquanto se deslocam pelos tecidos. O contato é feito com toda a área da mão, incluindo a ponta dos dedos e as eminências tenar e hipotenar.
O benefício do deslizamento linfático estende-se também ao tecido
muscular, embora, para drenar músculos, seja necessário um
deslizamento mais profundo do que o usado para os tecidos
Como regra geral, a direção da manobra de deslizamento linfático para o tratamento dos músculos segue aquela do retorno venoso. Contudo, no caso de músculos longos, a manobra é executada a partir da periferia do músculo para seu centro, e esta é considerada direção mais precisa da sua drenagem linfática.
Para realizar a manobra de deslizamento linfático, o terapeuta pode ficar em pé ou sentar-se. No entanto, para manter as mãos relaxadas e o ritmo lento da manobra de deslizamento, é aconselhável sentar-se sempre que possível. Como já dito, a direção do deslizamento linfático segue a dos vasos linfáticos. Por exemplo, a massagem linfática na região posterior da coxa é realizada em duas direções. Uma manobra parte do ponto mediano para a região medial, acompanhando os canais na direção dos gânglios inguinais; um segundo trajeto parte da mesma linha mediana para a região lateral, e esses vasos também drenam para gânglios inguinais, mas seguem uma rota diferente. Na região anterior, os vasos linfáticos vão da região lateral para a mediai, e o deslizamento linfático é então realizado nesta direção.



Massagem linfática - pressão intermitente

Essa manobra diferencia-se das técnicas comuns de massagem porser aplicada com pressão intermitente de bombeamento. Apenas os dedos e a palma da mão são usados; as eminências tenar e hipotenar não entram em contato com os tecidos. Uma pequena pressão é aplicada por menos de 1 segundo e suspensa completamente durante o mesmo intervalo de tempo. Esse ciclo de "liga-desliga" é repetido continuamente, por um curto período. A cada compressão, os tecidos são alongados em duas direções: a primeira localizada em linha com os dedos e, portanto, na mesma direção em que esses apontam; a segunda, em uma direção horária ou anti-horária, rumo ao grupo proximal de gânglios mais próximos. Por exemplo, o profissional permanece junto ao lado esquerdo do paciente que se encontra em decúbito dorsal e coloca as mãos na região antero-medial da coxa direita; a direção do alongamento é horária, isto é, rumo aos gânglios inguinais.
Seguindo as mesmas diretrizes, a técnica de pressão intermitente pode ser adaptada a outras regiões do corpo. Na panturrilha, por exemplo, o movimento é aplicado com apenas uma mão.
Neste caso, aposição da mão assemelha-se àquela adotada para a compressão. Os dois métodos, contudo, não devem ser confundidos: a massagem linfática por pressão intermitente é realizada de forma muito leve e sem nenhum movimento dos dedos, enquanto a compressão é aplicada com forte pressão e algum deslocamento sobre os tecidos.
Durante a técnica de pressão intermitente, é essencial que as mãos mantenham bom contato com os tecidos para facilitar o alongamento.
Lubrificantes, portanto, devem ser evitados ou restritos a quantidades mínimas. Em contraste com o movimento de deslizamento linfático, a técnica de pressão intermitente é melhor realizada com o terapeuta em pé.
A pressão intermitente dessa manobra exerce duplo efeito. É criada uma ação de bombeamento que auxilia no movimento de fluido através dos vasos. Além disso, os tecidos e os vasos linfáticos são alongados em duas direções, longitudinal e transversalmente; como resultado, ocorre uma contração reflexa da parede muscular dos vasos, o que também empurra a linfa para a frente





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