sábado, 31 de março de 2012

Ioga











Ioga (em sânscrito e páli: योग, IAST: yoga, AFI: [joːgə]) ou yoga é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia. A palavra está associada com as práticas meditativas tanto do budismo quanto do hinduísmo. No hinduísmo, o conceito se refere à uma das seis escolas (āstika) ortodoxas da filosofia hindu, e à sua meta rumo ao que esta escola determina como suas práticas.

Os principais ramos do ioga incluem a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-ioga e hata-ioga.
O Raja Yoga, compilado nos Ioga Sutras de Patanjali, e conhecido simplesmente como ioga no contexto da filosofia hinduísta, faz parte da tradição Samkhya. Diversos outros textos hindus discutem aspectos da ioga, incluindo os Vedas, os Upanixades, o Bagavadguitá, o Hatha Yoga Pradipika, o Shiva Samhita e diversos Tantras.

A palavra sânscrita yoga tem diversos significados, e deriva da raiz yuj, que significa "controlar", "jungir", ou "unir".Algumas das traduções também incluem os significados de "juntando", "unindo", "união", "conjunção" e "meios". Fora da Índia, o termo ioga costuma ser associado tipicamente com o Hatha Yoga e suas asanas (posturas), ou como uma forma de exercício.

Iogue em postura de lótus praticando pranayama.





Prática de asana: Parshvakonasana / rája trikônásana. Nomenclaturas diferentes dependendo da linha do praticante.









sexta-feira, 30 de março de 2012

Eliphas Levi



Toda intenção que não se manifesta por atos é uma intenção vã,
e a palavra que a exprime é uma palavra ociosa.

(Eliphas Levi)

Krishna




 Krishna (sânscrito: कृष्ण) é uma figura central do Hinduísmo. Aparece em um amplo espectro de tradições filosóficas e teológicas hindus, sendo retratado em várias perspectivas: , como um deus do panteão hindu, como uma encarnação de Vishnu ou ainda como a forma original e suprema de [[Deus].Krishna é o oitavo avatar de Vishnu.

Embora haja diferenças nas concepções da identidade de Krishna e nos detalhes de sua biografia, alguns aspectos básicos são compartilhados por todas as tradições. Estes incluem um nascimento milagroso, uma infância e juventude pastoris, e a vida como príncipe, amante, guerreiro e mestre espiritual ideais.
As principais Escrituras que discutem a história de Krishna são o Mahabharata, o Harivamsa, o Bhagavata Purana e o Vishnu Purana.

O culto a Krishna pode ser rastreado até meados do século IV a.C. A adoração a Krishna como svayam bhagavan, ou o Ser Supremo, surgiu na Idade Média, no contexto do movimento de bhakti. A partir do século X, Krishna torna-se o assunto favorito em artes cênicas e desenvolvem-se tradições regionais de devoção, como Jagannatha em Orissa, Vithoba em Maharashtra e Shrinathji no Rajastão.

Desde a década de 1960, a adoração a Krishna espalha-se também no Ocidente, em grande parte devido ao trabalho missionário de Bhaktivedanta Swami e sua Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna.
A palavra em sânscrito kṛṣṇa é essencialmente um adjetivo que significa "negro", "azul" ou "azul-escuro". Como um substantivo feminino, kṛṣṇa é usado no sentido de "noite", "escuridão" no Rigveda, e como um demônio ou espírito das trevas no Rigveda 4:16:13. No Rigveda 8:85:3, Kṛṣṇa ocorre como o nome de um poeta.

O Mahabharata (Udyogaparva 71.4) analisa a palavra Kṛishna da seguinte maneira:

krishir bhu-vacakah sabdo nas ca nirvriti-vacakah

tayor aikyam param brahma krishna ity abhidhiyate

(Tradução) - A palavra 'krish' é a característica atrativa da existência divina, e 'na' significa 'prazer espiritual.' Quando o verbo 'krish' é adicionado ao 'na', ele se torna 'krishna', que indica a "Suprema Verdade Absoluta".

Krishna também é conhecido por diversos nomes, epítetos e títulos, que refletem suas múltiplas qualidades e atividades. Entre os mais usados, estão Hari ("Aquele que tira" [pecados, ou que afasta samsara, o ciclo de nascimentos e mortes]), Govinda ("Aquele que dá prazer às vacas, à Terra e aos sentidos") e Gopala ("Protetor das vacas" ou, mais precisamente, "Protetor da vida").
De acordo com o Bhagavata Purana, Krishna nasceu "sem uma união sexual", mas por meio da "trasmissão mental" ióguica da mente de Vasudeva no ventre de Devaki. Baseado em dados das Escrituras e cálculos astrológicos, a data de nascimento de Krishna, conhecida como Janmastami, é o dia 18 de julho de 3228 a.C. Krishna pertencia ao clã Vrishni dos Yadavas, de Mathura, capital dos clãs Vrishni, Andhaka e Bhoja. Foi o oitavo filho da princesa Devaki e seu marido Vasudeva.
O rei Kamsa subiu ao trono após mandar prender o próprio pai(ingrato), Ugrasena (rei da dinastia Bhoja). Kamsa é tido como um grande demônio, que pertencia à classe dos Kshatriyas, mas que, de algum modo, havia se desviado do Dharma universal.
No caminho que conduzia os noivos até a nova casa, Kamsa escutou uma voz que dizia que o oitavo filho de Devaki iria levá-lo à morte. Imediatamente fez menção de matar Devaki, mas Vasudeva implorou pela vida da esposa, prometendo que cada filho que nascesse, seria levado à presença de Kamsa.
Receoso, mandou prender Vasudeva e a esposa no porão do castelo, sendo vigiados dia e noite por guardas. Cada filho do casal que nascia era morto por Kamsa, que mesmo sabendo que a profecia se cumpriria apenas no oitavo filho, não tinha piedade de nenhum e matava a todos.
Kamsa havia sido alertado por Narada Muni que em breve Vishnu nasceria na família de Vasudeva. Soube também, através deste sábio, que em uma encarnação anterior, Kamsa havia sido um demônio chamado Kalanemi que tinha sido morto por Vishnu.
Conta a tradição védica que Kamsa, temendo que Vishnu nascesse em qualquer uma das famílias do reino, mandou matar todos os meninos com até dois anos de idade, a fim de evitar o cumprimento da profecia.
E foi então que o oitavo filho de Devaki nasceu - Bhagavan Sri Krishna. O local do nascimento é conhecido atualmente como Krishnajanmabhoomi, onde um templo foi erguido em honra. Como a vida corria risco na prisão, foi tirado da prisão e entregue aos pais adotivos Yashoda e Nanda em Gokula.


                                                                   
                                                                   



                                                                    Juventude
Nanda, pai adotivo de Krishna, era o líder de uma comunidade e pastores de gado. As histórias da infância e juventude contam a vida e relação com as pessoas da região. Uma dessas histórias conta que Kamsa, descobrindo que ele havia sido libertado da prisão, enviou vários demônios para impedir que isso acontecesse. Todos falharam. São muitas as façanhas de Krishna e as aventuras com as Gopis da vila, incluindo Radha, que se tornou mais tarde conhecida como o Rasa lila.



Krishna, o PríncipeKrishna, então um jovem homem, retorna para Mathura, acaba com o governo de Kamsa, e institui o pai, Vasudeva, que havia sido aprisionado por Kamsa, como rei de Yadavas. Em seguida declarou a si mesmo príncipe da corte. Neste período iniciou a amizade com Arjuna e outros príncipes de Pandava do reino de Kuru. Casou-se com Rukmini, filha do rei Bishmaka de Vidarbha. Ele também teve outras sete esposas, incluindo Satyabhama e Jambavati.








Krishna segundo o Bhagavata Purana
Segundo o Srimad Bhagavatam, Krishna é a forma original de Deus, superior a todas as outras expansões divinas, já que todas emanam dele. Krishna é um ser eterno, sem nascimento nem morte, que adotou uma manifestação temporária na terra para poder agraciar seus devotos e aniquilar os demônios - mas que simultaneamente está presente eternamente em seu planeta espiritual.

Gita Govinda

Vários trabalhos foram importantes na difusão da devoção a Krishna, especialmente o Gita Govinda, escrito por Jayadeva Goswami na Índia oriental, no século XII. Trata a respeito da relação íntima de Krishna com uma gopi em particular, Radharani (que no Mahabharata teve papel secundário).

Movimentos recentes de Krishna-bhakti

Derivações posteriores das primeiras tradições de devoção a Krishna incluem a que foi promovida pelo santo bengali Caitanya Mahaprabhu, no século XVI. Seus seguidores consideram-no uma encarnação de Krishna e Radharani num só corpo. Vários movimentos pertencem a esta tradição, entre eles o Movimento Hare Krishna.
Fundado em nova York pelo guru indiano Bhaktivedanta Swami Prabhupada em 1966, o Movimento Hare Krishna é o principal responsável pela disseminação contemporânea da figura de Krishna no Ocidente.





quinta-feira, 29 de março de 2012

Mandala

 (मण्डल) é a palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.


Nas sociedades primitivas, o ciclo cósmico, que tinha a imagem de uma trajetória circular (circunferência), era identificado como o ano. O simbolismo da santidade e eternidade do templo aparece claramente na estrutura mandálica dos santuários de todas as épocas e civilizações. Uma vez que o plano arquitetônico do templo é obra dos deuses e se encontra no centro muito próximo deles, esse lugar sagrado está livre de toda corrupção terrestre. Daí a associação dos templos às montanhas cósmicas e a função que elas exercem de ligação entre a Terra e o Céu. Como exemplo, temos a enorme construção do templo de Borobudur, em Java, na Indonésia. Outros exemplos que podemos citar são as basílicas e catedrais cristãs da Igreja primitiva, concebidas como imitação da de Jerusalém Celeste, representando uma imagem ordenada do cosmos, do mundo.

A mandala como simbolismo do centro do mundo dá forma não apenas as cidades, aos templos e aos palácios reais, mas também a mais modesta habitação humana. A morada das populações primitivas é comumente edificada a partir de um poste central e coloca seus habitantes em contato com os três níveis da existência: inferior, médio e superior. A habitação para ele não é apenas um abrigo, mas a criação do mundo que ele, imitando os gestos divinos, deve manter e renovar. Assim, a mandala representa para o homem o seu abrigo interior onde se permite um reencontro com Deus. Um exemplo bem típico brasileiro de mandala, a partir da arquitetura, é a planta superior da Catedral de Brasília.
Em termos de artes plásticas, a mandala apresenta sempre grande profusão de cores e representa um objeto ou figura que ajuda na concentração para se atingir outros níveis de contemplação. Há toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.

Originalmente criadas em giz, as mandalas são um espaço sagrado de meditação. Atualmente são feitas com areia originárias da Índia. Normalmente divididas em quatro secções, pretende ser um exercício de meditação e contemplação. O objetivo da arte na cultura budista tibetana é reforçar as Quatro Nobres Verdades. As mandalas são consideradas importantíssimas para a preparação de iniciadores ao Budismo, de forma a prepará-los para o estudo do significado da iluminação.

O processo de construção de uma mandala é uma forma de meditação constante. É um processo bastante lento, com movimentos meticulosos. O grande benefício para os que meditam a partir da mandala reside no fato de que a imaginaram mentalmente construída numa detalhada estrutura tridimensional.

No processo da construção de uma madala, a arte transforma-se numa cerimônia religiosa e a religião transforma-se em arte. Quando a mandala está terminada, apresenta-se como uma construção extremamente colorida. Depois do ciclo é desmanchada, a areia é depositada, geralmente, na água. Apenas uma parte é guardada e oferecida aos participantes.

Um monge inicia a destruição desenhando linhas circulares com seu dedo, depois espalham a areia e a colocam em uma urna. Quando a areia é toda recolhida, eles apagam as linhas que serviram de guia à construção e despejam a areia nas aguas do rio.







quarta-feira, 28 de março de 2012

Eu sei!




Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos. Eu te compreendo...Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais. Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar. E tantas vezes, sem medir esforços. Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana. Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas. E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo? De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço. E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado. E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa? E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta. Eu sei o quanto te doem os teus limites humanos e o quanto, às vezes, te parece difícil uma harmonia íntima. E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração. Eu te compreendo...Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pelas palavras rudes que recebeste. Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais...








Kabalah




Cabala (também Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) é uma sabedoria que investiga a natureza divina. Kabbalah (קבלה QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção.


A Kabbalah — corpo de sabedoria espiritual mais antigo[carece de fontes?] — contém as chaves, que permaneceram ocultas durante um longo tempo, para os segredos do universo, bem como as chaves para os mistérios do coração e da alma humana. Os ensinamentos cabalísticos explicam as complexidades do universo material e imaterial, bem como a natureza física e metafísica de toda a humanidade. A Kabbalah mostra em detalhes como navegar por este vasto campo, a fim de eliminar toda forma de caos, dor e sofrimento.

Durante milhares de anos, os grandes sábios cabalistas têm nos ensinado que cada ser humano nasce com o potencial para ser grande. A Kabbalah pode ser o meio para ativar este potencial.

A Kabbalah sempre teve a intenção de ser usada, e não somente estudada. Seu propósito é trazer clareza, compreensão e liberdade para nossas vidas.

A Kabbalah ensina que, a fim de podermos reclamar as dádivas para as quais fomos criados para receber, primeiro temos que merecer essas dádivas. Nós as merecemos quando nos envolvemos com nosso trabalho espiritual – o processo de transformarmos a nós próprios na essência. Ao nos ajudar a reconhecer as fontes de negatividade em nossas próprias mentes e corações, a Kabbalah nos fornece as ferramentas para a mudança positiva.

A Kabbalah ensina que todo ser humano é uma obra em execução. Qualquer dor, desapontamento ou caos que exista em nossas vidas não ocorre porque a vida é assim mesmo, mas apenas porque ainda não terminamos o trabalho que nos trouxe até aqui. Esse trabalho, muito simplesmente, é o processo de nos libertarmos do domínio do ego humano e de criar uma afinidade com a essência de compartilhar de Deus.

Na vida do dia-a-dia, esta transformação significa desapegar-se da raiva, da inveja e de outros comportamentos reativos em favor da paciência, empatia e compaixão. Não significa abrir mão de todos os desejos e ir viver no topo de uma montanha. Muito pelo contrário, significa desejar mais da plenitude para a qual a humanidade foi criada para obter.

Ensinamentos cabalísticos sobre a alma humana

O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh, ru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:

Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.

Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.

Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.

A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".

Chayyah - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.

Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.


Judaísmo

Judaísmo (em hebraico: יהדות, Yahadút) é uma das três principais religiões abraâmicas, definida como a "religião, filosofia e modo de vida" do povo judeu.


Originário da Bíblia Hebraica (também conhecida como Tanakh) e explorada em textos posteriores, como o Talmud, é considerado pelos judeus religiosos como a expressão do relacionamento e da aliança desenvolvida entre Deus com os Filhos de Israel. De acordo com o judaísmo rabínico tradicional, Deus revelou as suas leis e mandamentos a Moisés no Monte Sinai, na forma de uma Torá escrita e oral. Esta foi historicamente desafiada pelo caraítas, um movimento que floresceu no período medieval, que mantém vários milhares de seguidores atualmente e que afirma que apenas a Torá escrita foi revelada.

Nos tempos modernos, alguns movimentos liberais, tais como o judaísmo humanista, podem ser considerado não-teísta.

O judaísmo afirma uma continuidade histórica que abrange mais de 3.000 anos. É uma das mais antigas religiões monoteístas e a mais antiga das três grandes religiões abraâmicas que sobrevive até os dias atuais.

Os hebreus/israelitas já foram referidos como judeus nos livros posteriores ao Tanakh, como o Livro de Ester, com o termo judeus substituindo a expressão "Filhos de Israel." Os textos, tradições e valores do judaísmo foram fortemente influenciados mais tarde por outras religiões abraâmicas, incluindo o cristianismo, o islamismo e a Fé Bahá'í Muitos aspectos do judaísmo também foram influenciados, direta ou indiretamente, pela ética secular ocidental e pelo direito civil.
Os judeus são um grupo etno-religioso e incluem aqueles que nasceram judeus e foram convertidos ao judaísmo. Em 2010, a população judaica mundial foi estimada em 13,4 milhões, ou aproximadamente 0,2% da população mundial total. Cerca de 42% de todos os judeus residem em Israel e cerca de 42% residem nos Estados Unidos e Canadá, com a maioria dos vivos restantes na Europa. O maior movimento religioso judaico é o judaísmo ortodoxo (judaísmo haredi e o judaísmo ortodoxo moderno), o judaísmo conservador e o judaísmo reformista. A principal fonte de diferença entre esses grupos é a sua abordagem em relação à lei judaica. O judaísmo ortodoxo sustenta que a Torá e a lei judaica são de origem divina, eterna e imutável, e que devem ser rigorosamente seguidas. Judeus conservadores e reformistas são mais liberais, com o judaísmo conservador, geralmente promovendo uma interpretação mais "tradicional" de requisitos do judaísmo do que o judaísmo reformista. A posição reformista típica é de que a lei judaica deve ser vista como um conjunto de diretrizes gerais e não como um conjunto de restrições e obrigações cujo respeito é exigido de todos os judeus. Historicamente, tribunais especiais aplicaram a lei judaica; hoje, estes tribunais ainda existem, mas a prática do judaísmo é na sua maioria voluntária. A autoridade sobre assuntos teológicos e jurídicos não é investida em qualquer pessoa ou organização, mas nos textos sagrados e nos muitos rabinos e estudiosos que interpretam esses textos.




terça-feira, 27 de março de 2012

O TODO!!


"Enquanto Tudo está n'O Todo, é também verdade que o TODO está em Tudo. Aquele que compreende realmente esta verdade alcançou o grande conhecimento! " ( O CAIBALION).

Eubiose



Eubiose [do gr. eu (bem, bom) + bios + osis (modo de viver)] é um neologismo criado e difundido pela Sociedade Brasileira de Eubiose, outrora Sociedade Teosófica Brasileira. Seu significado, embora muito abrangente, se relaciona com o processo de evolução humana, entendido como transformação de energia em consciência. Tal processo, longe de se identificar com as religiões dogmáticas, aponta no caminho de uma construção crítica do autoconhecimento. Trabalhando, portanto, para além dos estudos de religiões comparadas, a Sociedade Brasileira de Eubiose apresenta manancial próprio de saberes que segue do conhecimento sobre a natureza oculta do corpo humano às visões sobre a cosmogênese. Palestras públicas, livros e textos, seminários, iogas. Os ensinamentos contidos na doutrina eubiótica apontam na direção não apenas do crescimento individual mas do crescimento coletivo.

História

Em 1921, foi lançada a pedra fundamental do movimento eubiótico no Brasil. Sua fundação material, como Dhâranâ Sociedade Mental Espiritualista, no entanto, remete a 1924, quando em Niterói foram firmados os seus estatutos sociais. Com um trabalho então muito próximo ao do budismo esotérico, Dhâranâ ergueu as bases para o que viria a se tornar a Sociedade Teosófica Brasileira, nome assumido em 1928, e que de certa forma homenageava a Sociedade Teosófica fundada por Helena Petrovna Blavatsky, que, por sua vez, buscava desenvolver uma doutrina espiritualista na América. Tendo acompanhado e participado ativamente de uma série de eventos políticos e culturais do país e do mundo, a então Sociedade Teosófica Brasileira deu continuidade ao trabalho de Blavatsky, interrompido prematuramente, e também ao do teósofo espanhol Mário Roso de Luna, com quem o Professor Henrique José de Souza mantinha interessantes diálogos. A partir daí, a Eubiose inspirou e influenciou uma série de outros grupos e colégios iniciáticos, desde preceitos espíritas a lojas maçônicas. Com a morte de seu preceptor, a então Sociedade Teosófica Brasileira assumiu o seu nome atual.

Localização

Com templos erguidos em três cidades brasileiras, – São Lourenço, Itaparica e Nova Xavantina –a Sociedade Brasileira de Eubiose conta ainda com departamentos em diversas cidades dentro e fora do Brasil, nos quais é possível entrar em contato com outros discípulos, apreender iogas individuais e coletivas, e ainda ler e pesquisar sobre o material legado por seus mestres e instrutores.

Os departamentos assumem a função de verdadeiros colégios iniciáticos, em que é possível debater e confrontar idéias. Os templos, por sua vez, – um deles em forma de obelisco e os demais concebidos em uma arquitetura clássica helênica – são os centros do movimento eubiótico.



segunda-feira, 26 de março de 2012

Teosofia



A palavra Teosofia é de origem grega, "theos" (Deus), e "sophos" (sabedoria), significando literalmente "sabedoria divina", ou "conhecimento divino".
A Teosofia é um corpo de conhecimento que sintetiza Filosofia, Religião e Ciência. Embora essa afirmação não seja reconhecida universalmente, mas apenas por simpatizantes do ocultismo, pois creem que tanto hoje como na antiguidade, a Teosofia se constitui na sabedoria universal e eterna presente nas grandes religiões, filosofias e nas principais ciências da humanidade, e pode ser encontrada na raiz ou origem, em maior ou menor grau, dos diversos sistemas de crenças ao longo da história.
A teosofia foi apresentada ao mundo moderno por Helena Blavatsky, no final do século XIX, e desde então vem sendo divulgada por teosofistas em diversos países . Com seu caráter interdisciplinar, a teosofia proporciona uma ponte entre as diversas culturas e tradições religiosas. Segundo Blavatsky, “Teosofia é conhecimento divino ou ciência divina.
A Teosofia, segundo Blavatsky, é "o substrato e a base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do ponto de vista prático, é puramente ética divina".


Emblema da Sociedade Teosófica, sincretizando diversos conceitos básicos da Teosofia, como os ciclos cósmicos, a eternidade da vida, e a polaridade Espírito-Matéria.

Para os teosofistas, este corpus de conhecimento, a Sabedoria Divina, com a ética a ele associada, é tão antigo quanto o mundo, e a rigor é o único conhecimento que vale a pena ser adquirido. Sua realidade e importância são relembradas às pessoas periodicamente, sob diversas denominações e formalizações, adequadas ao espírito de cada época, local e povo para quem é apresentado, e é o tronco vivo e eterno de onde brotam as flores do ensinamento original todas as grandes religiões do mundo, do passado e do presente. Segundo um dos inspiradores do movimento teosófico moderno, o Mestre K.H., a quem Blavatsky dizia seguir, "a Teosofia não é uma nova candidata à atenção do mundo, mas é apenas uma declaração nova de princípios que têm sido reconhecidos desde a infância da humanidade".
Considera-se que a Teosofia strictu sensu seja isenta de identificação com quaisquer culturas e sociedades específicas, sendo em vez a fonte original do conhecimento divino que verte em uma determinada cultura através dos símbolos e arquétipos próprios daquele povo. Por exemplo, a sabedoria divina foi transmitida à civilização do Egito antigo através dos símbolos, divindades, mitos, alegorias e arquétipos locais, possibilitando a assimilação dos conceitos divinos através desta roupagem. E como no Egito, também nas outras terras, a Grécia antiga, a Babilônia, Tibete, América, Europa e em todas as culturas, independente de terem feito contato entre si, demonstrando que a Teosofia é uma sabedoria que se expressa e pode ser conhecida por diversas fontes.

Quando Blavatsky lançou o movimento teosófico moderno no século XIX valeu-se de uma grande quantidade de elementos da tradição religiosa Hindu, que havia estudado durante sua permanência no Tibete. Assim, sua apresentação compreende uma terminologia muitas vezes baseada no idioma sânscrito, divulgando no ocidente conceitos como Maya (ilusão), Dharma (caminho) e Mahatmas (grandes almas). Outros conceitos fundamentais, conhecidos há milênios no oriente, mas que a Teosofia popularizou no ocidente, são a Reencarnação e o Karma. Mas isso, como já foi exposto, não define a Teosofia como uma filosofia hindu ou oriental, e diversas referências de outras culturas e sistemas, como o Taoísmo, Budismo, Cabala, Cristianismo, Gnose e Hermetismo, remetem a Teosofia à sua essência divina e universal.
Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da estrutura do cosmo e do homem e descreve os mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas transformações ao longo dos aeons.

Apesar de recomendar o esforço próprio em busca do crescimento pessoal e uma vigilância incessante contra o auto-engano e a fé cega, ainda assim defende a Revelação, uma vez que declara a existência de mundos e estados de consciência presentemente inacessíveis à pessoa comum. Mas diz que todos seremos capazes de atingí-los um dia, se não nesta vida, numa vindoura. Defende com isso, também a evolução da vida e do Homem, e a existência de Homens Perfeitos, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria. Estes Mestres, uma vez homens imperfeitos como nós, evoluíram para um estágio super-humano, de onde ora velam pela raça humana dando-lhe ensinamento, diretamente ou através dos mensageiros os Profetas e Santos de todas as religiões, e auxílios inúmeráveis como agentes da Providência e da Justiça Divinas, e mesmo aparecendo visivelmente entre os irmãos menos evoluídos, quando os tempos o exigem, para dar-lhes conforto, direção e inspiração, e reacender nos corações um amor mais intenso pelo divino.

A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O conhecimento, segundo prega, é ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja além do alcance de qualquer ser individual, é em vasta medida acessível a todos através de um longo processo de evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que necessariamente exige múltiplas encarnações, e continua até mesmo para regiões e idades onde a encarnação deixa de ser compulsória e a vida progride de beatitude em beatitude.
A Teosofia é uma doutrina essencialmente otimista, pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo, ainda que declare que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou mais desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas espirituais, a Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo, e promove a cessação da pobreza, da ignorância, da opressão, das discórdias e desigualdades.
Apesar de reconhecer a importância das religiões em estado mais puro como disseminadoras de ensinamentos importantes, não é uma filosofia teísta, se bem que possa ser descrita como panteísta, já que como um dos Mahatmas declara com rigor cartesiano, a existência de Deus como uma entidade distinta do universo dificilmente pode ser provada, mas reconhece níveis diferentes de evolução entre os seres, numa escada graduada que se ergue a alturas insondáveis.

Massagem linfática





DRENAGEM LINFÁTICA.é uma das técnicas de massagem que atua como um descongestionante eliminando o excesso de líquidos através da circulação linfática e por ativar o sistema imunológico.

Diversas técnicas de massagem linfática foram criadas para o alívio do edema, a ponto de o tratamento, com freqüência, ser separado da massagem convencional e praticado como uma terapia completamente individual. Entretanto, a massagem ainda exerce um papel significativo no tratamento do edema, já que a maior parte das manobras tem alguma influência sobre o fluxo de linfa.

Duas técnicas de massagem

Massagem linfática – deslizamento

O deslizamento linfático distingue-se das manobras similares
quanto ao aspecto de ser muito leve e lento. Praticamente não existe pressão nessa técnica: apenas o peso da mão é suficiente para mover a linfa pelos vasos superficiais. A direção da manobra é sempre para o grupo proximal de gânglios imediato, e a técnica é executada em um ritmo muito lento, para acompanhar o ritmo do fluxo de linfa. Muito pouca lubrificação é aplicada nesse movimento, e as mãos permanecem relaxadas enquanto se deslocam pelos tecidos. O contato é feito com toda a área da mão, incluindo a ponta dos dedos e as eminências tenar e hipotenar.
O benefício do deslizamento linfático estende-se também ao tecido
muscular, embora, para drenar músculos, seja necessário um
deslizamento mais profundo do que o usado para os tecidos
Como regra geral, a direção da manobra de deslizamento linfático para o tratamento dos músculos segue aquela do retorno venoso. Contudo, no caso de músculos longos, a manobra é executada a partir da periferia do músculo para seu centro, e esta é considerada direção mais precisa da sua drenagem linfática.
Para realizar a manobra de deslizamento linfático, o terapeuta pode ficar em pé ou sentar-se. No entanto, para manter as mãos relaxadas e o ritmo lento da manobra de deslizamento, é aconselhável sentar-se sempre que possível. Como já dito, a direção do deslizamento linfático segue a dos vasos linfáticos. Por exemplo, a massagem linfática na região posterior da coxa é realizada em duas direções. Uma manobra parte do ponto mediano para a região medial, acompanhando os canais na direção dos gânglios inguinais; um segundo trajeto parte da mesma linha mediana para a região lateral, e esses vasos também drenam para gânglios inguinais, mas seguem uma rota diferente. Na região anterior, os vasos linfáticos vão da região lateral para a mediai, e o deslizamento linfático é então realizado nesta direção.



Massagem linfática - pressão intermitente

Essa manobra diferencia-se das técnicas comuns de massagem porser aplicada com pressão intermitente de bombeamento. Apenas os dedos e a palma da mão são usados; as eminências tenar e hipotenar não entram em contato com os tecidos. Uma pequena pressão é aplicada por menos de 1 segundo e suspensa completamente durante o mesmo intervalo de tempo. Esse ciclo de "liga-desliga" é repetido continuamente, por um curto período. A cada compressão, os tecidos são alongados em duas direções: a primeira localizada em linha com os dedos e, portanto, na mesma direção em que esses apontam; a segunda, em uma direção horária ou anti-horária, rumo ao grupo proximal de gânglios mais próximos. Por exemplo, o profissional permanece junto ao lado esquerdo do paciente que se encontra em decúbito dorsal e coloca as mãos na região antero-medial da coxa direita; a direção do alongamento é horária, isto é, rumo aos gânglios inguinais.
Seguindo as mesmas diretrizes, a técnica de pressão intermitente pode ser adaptada a outras regiões do corpo. Na panturrilha, por exemplo, o movimento é aplicado com apenas uma mão.
Neste caso, aposição da mão assemelha-se àquela adotada para a compressão. Os dois métodos, contudo, não devem ser confundidos: a massagem linfática por pressão intermitente é realizada de forma muito leve e sem nenhum movimento dos dedos, enquanto a compressão é aplicada com forte pressão e algum deslocamento sobre os tecidos.
Durante a técnica de pressão intermitente, é essencial que as mãos mantenham bom contato com os tecidos para facilitar o alongamento.
Lubrificantes, portanto, devem ser evitados ou restritos a quantidades mínimas. Em contraste com o movimento de deslizamento linfático, a técnica de pressão intermitente é melhor realizada com o terapeuta em pé.
A pressão intermitente dessa manobra exerce duplo efeito. É criada uma ação de bombeamento que auxilia no movimento de fluido através dos vasos. Além disso, os tecidos e os vasos linfáticos são alongados em duas direções, longitudinal e transversalmente; como resultado, ocorre uma contração reflexa da parede muscular dos vasos, o que também empurra a linfa para a frente